A declaração do ministro acontece em meio ao debate sobre a expansão do bloco. A China, que é a maior economia do grupo, defende uma ampliação abrangente, mas isso tem sido interpretado como uma tentativa de criar um fórum de oposição aos Estados Unidos e ao G7, que reúne as principais economias industrializadas. Além disso, a entrada de países adversários dos EUA, como Irã, Venezuela e Cuba, também tem gerado resistência à expansão.
No entanto, tanto o Brasil quanto a Índia, que antes eram contra a ampliação, agora aceitam discutir o assunto. No entanto, eles argumentam que é necessário estabelecer critérios para evitar que o grupo se torne politizado. Enquanto isso, Haddad enfatizou em seu discurso a importância do multilateralismo e ressaltou a necessidade de reformar os organismos internacionais para que reflitam melhor o novo cenário global e a ascensão das economias emergentes.
A posição de Haddad demonstra uma postura de cautela em relação à expansão do Brics, buscando evitar conflitos com outros fóruns internacionais. Ele argumenta que o Brics pode contribuir de forma significativa para o mundo, oferecendo uma perspectiva coerente com seus interesses, sem antagonizar com outros grupos importantes dos quais os países membros também fazem parte.
O debate sobre a expansão do Brics continua em pauta e a China está articulando seus esforços para conseguir o apoio necessário. Enquanto isso, o Brasil e a Índia seguem discutindo os critérios que devem ser adotados para a entrada de novos membros, visando preservar a integridade e a independência do bloco. A posição de Haddad se alinha com essa preocupação, buscando garantir que as ações do Brics não causem antagonismos desnecessários ou prejudiquem a participação em outros fóruns internacionais importantes.