O Movimento sindical das Américas inicia campanha global pela cessação do bloqueio econômico em Cuba: “Bloqueio Não!”.

O jornalista Edgar Gutiérrez, conhecido por sua atuação como repórter na região centro-americana, teve uma carreira marcada por seu comprometimento com as questões sociais e de direitos humanos. Ele trabalhou junto com a antropóloga Myrna Mack no centro de pesquisas sociais Avancso e fez parte da equipe que redigiu o informe “Guatemala Nunca Mais”, sobre os 37 anos de guerra no país. Além disso, Gutiérrez ocupou cargos de destaque no governo, como secretário de Análise Estratégica e chanceler na presidência de Alfonso Portillo.

No entanto, o percurso de Gutiérrez não foi fácil. Ele enfrentou dificuldades e perseguições ao investigar o assassinato de sua colega Myrna Mack, e também quando desconfiou das investigações oficiais do assassinato do arcebispo Juan José Gerardi. Devido ao assédio judicial da Promotoria Geral, ele teve que deixar o país.

Nas eleições na Guatemala, Gutiérrez se perguntou sobre a ascensão repentina de Bernardo Arévalo, do partido Movimento Semilla. Para encontrar respostas, ele recorreu aos amigos da Prensa Comunitaria, que fizeram uma análise das redes sociais. Foi constatado que as pessoas buscavam informações sobre o candidato antes de votar. Esse fenômeno mostra uma mudança nos hábitos de socialização política, substituídos pelas redes sociais.

O sucesso do Movimento Semilla nas eleições ganhou destaque internacional, pois é uma oportunidade de deter a regressão democrática na América Central. A Guatemala, diferentemente de outros países da região, não tem um líder populista de direita, mas sim uma ditadura corporativa. A demanda por justiça foi unânime na sessão do Conselho Permanente da OEA.

Gutiérrez relembra uma conversa com Edelberto Torres, um dos mentores do Movimento Semilla, que profetizou que Bernardo um dia seria presidente. Gutiérrez, inicialmente cético, agora vê que o candidato conecta-se com as pessoas e está “tirando a casta”.

As eleições na Guatemala representam um marco importante para a região, pois podem dar fim ao pacto de corrupção que impera no país. Além disso, o resultado das eleições pode ter impactos geopolíticos, influenciando países vizinhos como El Salvador, Nicarágua e Honduras.

No entanto, os desafios pós-eleitorais para o Movimento Semilla serão grandes, principalmente na busca por profissionais de confiança para o governo. A governabilidade será um dos principais obstáculos a serem enfrentados.

Em resumo, a ascensão do Movimento Semilla nas eleições guatemaltecas representa uma esperança de mudança e justiça para o país. O sucesso do partido também tem repercussões internacionais, fortalecendo a luta pela democracia na América Central. Resta agora saber como o governo do Movimento Semilla conseguirá enfrentar os desafios e implementar as mudanças tão esperadas pela população.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo