Pernambuco lidera em admissões femininas em 2021, mostrando avanços na igualdade de gênero no mercado de trabalho.

A pandemia da Covid-19 trouxe diversos desafios para a sociedade como um todo, e no Nordeste brasileiro não foi diferente. No entanto, mesmo diante das dificuldades, um fato chama a atenção: nos primeiros quatro meses deste ano, o saldo de contratações favoreceu as mulheres na região nordestina, sendo quase o dobro em relação aos homens.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados, durante o período de janeiro a abril, foram contratadas 53.940 mulheres, enquanto apenas 34.636 homens foram admitidos. Esses números indicam uma mudança significativa em relação ao ano passado, quando a situação era inversa.

O estado de Pernambuco se destaca nesse contexto, tendo registrado um saldo positivo de 8.220 mulheres admitidas e 3.057 homens desligados. Além disso, outros estados nordestinos, como Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe, também apresentaram um maior número de contratações femininas em comparação com os homens.

Essa mudança nos índices de emprego para as mulheres é resultado de diversas políticas públicas voltadas para a igualdade de gênero e da visão diferenciada das empresas privadas no estado de Pernambuco. Além disso, é evidente o esforço e dedicação das mulheres, que buscam assumir a renda familiar e conquistar mais independência financeira.

Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, Pernambuco é referência nos investimentos para políticas de gênero no país. Ele destaca que esses avanços são fruto do trabalho conjunto entre o setor público e o setor privado, reconhecendo também a dedicação das mulheres em busca de melhores oportunidades de emprego.

Dos 184 municípios pernambucanos, em 43 o saldo na admissão de mulheres foi mais positivo do que o de homens. As cidades que se destacaram nesse quesito foram Petrolina, Olinda, Garanhuns, São José do Belmonte, Ipojuca, Lagoa Grande, Igarassu, Cabo de Santo Agostinho, Moreno e Afogados da Ingazeira.

Em relação aos setores de atuação, as mulheres ocuparam principalmente postos de trabalho nas áreas de serviço administrativo, comércio e ciências. Em Petrolina, por exemplo, houve uma absorção maior das mulheres no setor agropecuário. Em Olinda, as oportunidades estiveram concentradas na área de serviços, enquanto em Garanhuns o destaque foi para vendedoras e prestadoras de serviços de comércio.

Apesar dos avanços, é importante destacar que ainda há desafios a serem enfrentados para garantir uma maior igualdade de gênero no mercado de trabalho. No entanto, os números demonstram que existe um movimento em direção a uma maior inclusão e valorização das mulheres, o que é um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

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