Ministros reforçaram nesta sexta-feira (4) que o principal objetivo do Diálogos Amazônicos, realizado em Belém, é construir diálogo com povos que vivem na região para condução do desenvolvimento sustentável.
De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, ao final do encontro, serão apresentados cinco relatórios. Macedo destacou que todas as organizações do povo que tenham preocupação ou interface com o desenvolvimento sustentável terão voz.
“Esses Diálogos Amazônicos vão produzir uma massa crítica importante para servir de arcabouço para transformação em políticas públicas dentro do Brasil e nos países da Amazônia”, declarou em entrevista à imprensa.
Além das plenárias oficiais, estão programadas 405 atividades organizadas pela sociedade civil durante o Diálogos Amazônicos, que ocorrerá até o domingo (6), como evento prévio à Cúpula da Amazônia.
A presidenta Nacional do Grupo de Trabalho Amazônico, Sila Mesquita, espera que os debates resultem em “políticas que possam de fato incidir na vida dos povos e comunidades amazônicos e da Pan-Amazônia [países que têm a floresta amazônica em seu território]”.
Também estão presentes no evento os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Anielle Franco (Igualdade Racial).
Bolsa Verde
Em entrevista à imprensa, o ministro Wellington Dias explicou que as famílias que irão receber o Bolsa Verde poderão ter direito cumulativamente ao Bolsa Família.
Pela manhã, o governo anunciou a retomada do programa Bolsa Verde, que prevê o pagamento de auxílio a famílias que vivem em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia e contribuem para a preservação da floresta e regeneração de áreas degradadas.
Dias afirmou que, na primeira fase, serão abertas 20 mil vagas do Bolsa Verde. “É um repasse de R$ 600 e é realizada uma capacitação. O grande desafio é o que se pode produzir com respeito ao meio ambiente”, destacou.
O repasse para as famílias será feito a cada três meses.
