Apesar de operações de segurança, praias de Guarujá registram baixa movimentação de banhistas.

Apesar do policiamento reforçado, as praias de Guarujá, no litoral de São Paulo, tiveram pouco movimento neste domingo (6). Comerciantes e moradores acreditam que a repercussão sobre a operação policial em andamento na região pode ter afastado turistas preocupados com a violência na cidade.

“Tá vindo bem menos gente, as pessoas ficaram com medo de descer”, disse Maria da Paz, 45, vendedora ambulante na praia de Pitangueiras. No entanto, ela observa que o movimento já é maior do que no início da semana. “Estava deserto, acabamos nem trabalhando”, relatou.

O patrulhamento ostensivo foi realizado por policiais de diferentes batalhões durante a manhã e tarde. As viaturas da GCM também estavam presentes nos locais com maior concentração de público.

Para o contador Salomão Oliveira, 55, morador de Guarujá, a presença dos policiais aumenta sua sensação de segurança. Ele já foi assaltado no local anteriormente. “Essa é uma área que tem muito crime, geralmente são grupos de jovens que furtam e fogem correndo ou de bicicleta”, disse Oliveira.

A Operação Escudo, que teve início após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, deverá durar 30 dias. A mobilização policial já resultou em 16 mortes e denúncias de abusos, que estão sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo.

Apesar do clima tenso nos morros e comunidades de Guarujá, com a realização de blitz e vistoria em veículos, as praias se mantiveram tranquilas com o reforço policial. No entanto, os moradores temem que a presença dos assaltantes retorne após o término da operação e pedem uma maior presença policial na região.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 160 suspeitos já foram presos até o momento na operação, além de 480 quilos de drogas e 22 armas de fogo, incluindo fuzis e pistolas.

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