De acordo com informações fornecidas pela corporação, as investigações se originaram de suspeitas levantadas por funcionários de um cartório de registros de imóveis local, que notaram inconsistências nas assinaturas e nos formatos dos documentos do Incra durante uma tentativa de transferência de um imóvel público para terceiros. Ao tomar conhecimento da situação, o cartório notificou o Incra, que confirmou a falsificação dos documentos.
Segundo a PF, as investigações indicam que o grupo atua há anos oferecendo esses serviços nas dependências do Incra em Itaituba. Um corretor de imóveis, parente de um ex-titular do cartório de registro de imóveis da cidade, seria o intermediário entre os interessados particulares e os servidores responsáveis pela falsificação de documentação.
A própria corporação revelou que o Incra já possui uma série de procedimentos administrativos disciplinares em andamento contra os servidores investigados por fatos semelhantes. Durante as diligências, um dos servidores alvo da investigação chegou a oferecer, espontaneamente, serviços ilícitos aos policiais que estavam atuando de forma velada. As investigações continuam em andamento.