Cerca de 60% dos profissionais de aplicativos relataram experiências de violência ou doenças relacionadas ao trabalho.

Em um recente estudo realizado com motoristas e entregadores que atuam em plataformas digitais, constatou-se que 58,9% desse grupo relatam ter sofrido algum tipo de incidente durante o exercício de suas atividades de trabalho. Entre os principais problemas enfrentados estão acidentes de trânsito, adoecimento, assaltos, agressões físicas e até mesmo disparos de arma de fogo.

Esses profissionais, que se tornaram parte fundamental do cotidiano de muitas pessoas com o advento dos aplicativos de entrega de comida e transporte, encontram-se expostos a diversos riscos em suas jornadas diárias. O estudo revelou que, além dos acidentes de trânsito, o adoecimento é uma das principais causas de afastamento desses trabalhadores.

Diante dessa realidade preocupante, os entregadores estão se mobilizando e realizando protestos em todo o país. No Rio de Janeiro, um grupo se reuniu em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para exigir melhores condições de trabalho e segurança. Entre as reivindicações estão o aumento da remuneração por entrega, seguro de vida e assistência médica.

Essa paralisação nacional dos entregadores de aplicativos como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi chama a atenção para a necessidade de se discutir formas de garantir a segurança e o bem-estar desses profissionais. Além disso, é preciso repensar o modelo de negócio dessas plataformas, visando estabelecer relações mais justas e equilibradas entre as empresas e seus colaboradores.

É importante ressaltar que esses motoristas e entregadores são trabalhadores essenciais, que têm desempenhado um papel vital durante a pandemia, garantindo o abastecimento de alimentos e a entrega de produtos essenciais para a população. Portanto, é fundamental que suas demandas sejam ouvidas e que ações sejam tomadas para garantir que eles exerçam suas atividades de forma digna e segura.

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