Durante décadas, um profissional se dedicou à odontologia até perder a vida. Um legado valioso que será lembrado.





Emil Adib Razuk, um homem dedicado, amoroso e apaixonado por pessoas, foi um trabalhador incansável que se destacou em todas as áreas em que atuou. Nascido em 1936 em Pederneiras, a 257 km da capital paulista, ele era um dos cinco filhos de um casal de imigrantes libaneses.

Razuk concluiu todos os seus estudos no interior do estado de São Paulo e formou-se em odontologia na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Araraquara. Durante sua graduação, ele foi presidente do Centro Acadêmico Sampaio Vidal e vice-presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes).

Logo após sua formatura, Razuk estabeleceu-se em São Paulo, onde se tornou um dos principais articuladores para a criação do CFO (Conselho Federal de Odontologia) e do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo). Ele esteve à frente do Crosp por duas décadas, sendo eleito presidente dez vezes entre 1988 e 2013.

Além de seu trabalho com o Crosp, Razuk também foi um dos fundadores da Aboped (Associação Brasileira de Odontopediatria em Belém do Pará) em 1960, da qual também foi presidente. Em 1972, assumiu a direção do Serviço Dentário Escolar e implantou o Programa dos Bochechos Fluorados, que reduziu em 36,8% a incidência de cárie na rede estadual de ensino. Em 1974, foi eleito deputado estadual e apresentou um projeto sobre a fluoretação das águas de abastecimentos públicos.

Durante sua presidência no Crosp, Razuk criou o programa e concurso A Saúde Bucal, considerado pela Unesco como o maior programa pedagógico de saúde bucal do mundo. Em 2013, ele deixou o Crosp para dedicar mais tempo à sua família.

Emil Adib Razuk faleceu no dia 1º de agosto, aos 87 anos, em decorrência de insuficiência hepática crônica e doença renal crônica. Ele deixou sua esposa Marilena Camasmie Razuk, seus filhos Gustavo e Renata, e seus netos Isadora, Luiz Gustavo, João Vitor e Marcelo.

“Ele era um homem muito carinhoso, sempre com pensamento muito positivo. Nunca estava desanimado, era muito resiliente e animava todos os ambientes pelos quais passava. Uma característica muito marcante é que ele conversava com todo mundo. Tinha uma valorização do ser humano como primeira característica”, diz seu filho, o engenheiro mecânico Gustavo Razuk.

Além de sua dedicação ao serviço público, Razuk considerava sua família seu bem mais precioso. “A família era o tesouro da vida dele. Sempre cuidou, com amor e atenção, dos filhos, dos netos e da minha mãe, com quem viveu quase 48 anos”, reforça Gustavo.

Fonte: coluna.obituario@grupofolha.com.br

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