Eduardo Bolsonaro protagonizou 125 encontros com membros da extrema direita em toda a América do Sul.

No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, o CPAC (Conservative Political Action Conference) foi cancelado. No entanto, neste ano, o evento foi realizado em Brasília nos dias 3 e 4 de setembro, pouco antes das manifestações golpistas que ocorreram em 7 de setembro, marcando o Dia da Independência do Brasil. A Agência Pública revelou que uma comitiva de 16 americanos, incluindo financiadores de campanha e aliados de Trump, estava no Brasil durante os protestos e participaram de um jantar organizado por Eduardo Bolsonaro no Rio de Janeiro no dia seguinte.

A partir deste ano, o CPAC Brasil passou a contar com a presença de líderes da extrema-direita da América Latina e da Europa, promovendo o intercâmbio entre eles. O coordenador geral do movimento de direita venezuelano Rumbo Libertad, Eduardo Bittar, esteve presente nas duas últimas edições do evento, inclusive participando de um jantar oferecido por Eduardo Bolsonaro em dezembro de 2020, na Colômbia.

Além disso, o CPAC Brasil também contou com a presença da senadora colombiana María Fernanda Cabal, do ex-deputado chileno José Antonio Kast e do candidato à presidência da Argentina Javier Milei. Estes três últimos também foram convidados para o CPAC México, em novembro. Eduardo Bolsonaro também estabeleceu alianças com esses políticos estrangeiros, promovendo o intercâmbio ideológico.

É importante ressaltar que Eduardo Bolsonaro também possui alianças na Europa, especificamente com Santiago Abascal, líder do partido Vox na Espanha. Em 2020, eles fundaram o Foro de Madrid, uma aliança internacional para combater o avanço do comunismo. O partido Vox também financiou um documentário contra o presidente Lula, no qual Eduardo Bolsonaro é um dos protagonistas.

Essas alianças internacionais revelam a busca por influência e apoio mútuo entre lideranças de extrema-direita ao redor do mundo. O CPAC Brasil se tornou um espaço para a promoção dessas alianças, permitindo o intercâmbio de financiadores, propagadores de fake news e ideólogos da extrema-direita.

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