O incidente ocorreu na madrugada desta segunda-feira (7), quando Thiago foi atingido pelos disparos enquanto estava em uma moto. A Polícia Militar abriu um inquérito através da Corregedoria Geral para investigar o ocorrido, apreendendo uma pistola no local.
De acordo com a versão da PM, Thiago foi baleado após agentes do Batalhão de Choque trocarem tiros com dois homens que estavam em uma moto. A corporação afirmou que o adolescente foi encontrado baleado após o confronto e não resistiu aos ferimentos.
A versão apresentada pela Polícia Militar, no entanto, é contestada pela família do jovem e por testemunhas da ação. Segundo eles, não houve troca de tiros e os agentes atiraram contra o adolescente. A mãe de Thiago, Priscila Menezes, afirmou que seu filho era uma criança tranquila, educada e carinhosa.
A tia do adolescente, Ana Claudia Menezes, também rebateu a versão da PM e afirmou que Thiago foi mais uma vítima da violência policial no Rio de Janeiro. Ela ressaltou que ele não estava armado e não era traficante.
A Delegacia de Homicídio foi acionada e está investigando o caso. A família de Thiago está sendo acompanhada pela Defensoria Pública, que criticou o alto número de mortos por intervenção policial no estado nos últimos cinco anos.
A violência policial e a falta de segurança nos territórios periféricos do Rio de Janeiro foram novamente evidenciados com esse triste episódio. É necessário que sejam tomadas medidas efetivas para a redução da violência e para que o Estado garanta a proteção e segurança de todos os cidadãos. A morte de Thiago é mais uma lamentável estatística de uma crise humanitária que precisa ser enfrentada e solucionada.
