Moraes denuncia extremistas por agirem com má fé e ignorância visando minar a democracia, durante discurso aos juízes.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, criticou nesta segunda-feira (7) os ataques às urnas eletrônicas por parte de extremistas, classificando-os como tentativas de “subverter a democracia” baseadas na má-fé e na ignorância. Durante uma palestra sobre Justiça Eleitoral e Democracia na Escola Paulista de Magistratura, Moraes defendeu veementemente o uso das urnas e relacionou os ataques aos equipamentos a uma ameaça à democracia. A imprensa teve permissão para acompanhar apenas uma parte do evento e depois foi retirada da sala.

Ao falar sobre os ataques à Justiça Eleitoral, que resultaram na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos, Moraes não mencionou diretamente o político, mas refutou os argumentos utilizados pelos críticos. “A ignorância com má-fé dos extremistas ousou colocar em dúvida esse verdadeiro patrimônio nacional que são as urnas eletrônicas”, enfatizou o ministro.

Moraes comparou essa atitude aos movimentos autoritários observados em outros países, como a Hungria, a Polônia, a Itália e os Estados Unidos, que desacreditaram o regime democrático. Segundo ele, esses ataques são parte de uma estratégia da extrema direita mundial para assumir o poder e minar a democracia.

O ministro também criticou de forma irônica as pessoas que questionam a confiabilidade das urnas sem ter conhecimento sobre o seu funcionamento, como aqueles que alegam possíveis invasões pela internet, mesmo sabendo que as urnas não são conectadas à rede.

Moraes lembrou que o código-fonte das urnas estava disponível antecipadamente, ridicularizando as pessoas que pediram acesso ao código sem entender o que ele representava. O presidente do TSE ressaltou para uma plateia composta por magistrados que o sistema atual de votação é muito mais seguro do que o utilizado anteriormente e que nunca houve questionamentos desse tipo.

Além disso, Moraes afirmou que os ataques à democracia não podem ser considerados como liberdade de expressão. Ele também mencionou que uma das táticas utilizadas pela extrema direita mundial para enfraquecer o regime democrático é a disseminação de notícias falsas por meio de influenciadores.

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