O Dia dos Pais promete aquecer o comércio com a expectativa de movimentar R$ 7,6 bilhões em vendas, de acordo com a CNC.

O Dia dos Pais movimentará R$ 7,67 bilhões em vendas, segundo a CNC

No próximo domingo, dia 13, será comemorado o Dia dos Pais. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve gerar um volume de vendas de R$ 7,67 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 2,2% em relação ao ano passado, desconsiderando a inflação dos últimos 12 meses para uma comparação mais adequada entre 2022 e 2023.

Apesar do aumento em relação a 2022, as vendas ainda permanecem abaixo do valor movimentado em 2021, que foi de R$ 7,8 bilhões. Além disso, o montante atual é 10% inferior ao recorde de vendas registrado em 2013, quando os lojistas faturaram R$ 8,54 bilhões.

O economista da CNC, Fabio Bentes, analisa que o setor ainda não conseguiu se recuperar totalmente do volume de vendas pré-pandemia, atribuindo essa dificuldade ao comportamento da conjuntura econômica recente, marcada pelo aumento da taxa de juros devido à alta inflação. Bentes ressalta que esse cenário afetou especialmente as edições recentes do Dia dos Pais.

Apesar do corte na taxa de juros anunciado pelo Banco Central na última quarta-feira (2), Bentes acredita que os reflexos dessa medida serão limitados para as vendas deste ano, pois os juros estiveram altos por muito tempo. Ele afirma que será necessário um período maior para que essa redução surta efeito no comércio.

O setor de vestuário, calçados e acessórios será responsável pela maior fatia das vendas, estimada em R$ 3,64 bilhões. Em seguida, vêm os produtos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão) e os itens de perfumaria e cosméticos (R$ 1,16 bilhão). Essas três categorias concentram 77% das vendas totais.

Menos inflação

A CNC projeta que os presentes para o Dia dos Pais estarão, em média, 5,5% mais caros em comparação ao ano passado. No entanto, essa taxa representa uma desaceleração da inflação em relação a 2022 e 2021, quando os preços subiram 8,4% e 8,2%, respectivamente.

Enquanto roupas masculinas (+6,6%), livros (+13,9%) e perfumes (+20,6%) estão sendo vendidos a preços mais elevados, as televisões (-14,5%), os computadores (-10,4) e aparelhos telefônicos (-4,3%) apresentam valores mais baixos nas lojas. Bentes explica que essa queda nos preços está relacionada à desvalorização do dólar, que torna os produtos importados ou com componentes importados mais acessíveis no mercado brasileiro.

Segundo levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), a maioria dos consumidores cariocas tem a intenção de gastar cerca de R$ 140 por presente, o que exclui a compra de produtos tecnológicos, mesmo com a queda nos preços desses itens.

Contratações

O Dia dos Pais é a quarta data mais importante para o comércio, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, nessa ordem. A relevância dessa data reflete-se na geração de empregos temporários, com estimativa de contratação de 10.380 mil pessoas para atender à demanda das vendas. Esse número representa o maior contingente de temporários desde 2014, quando foram contratadas 10,7 mil pessoas.

A origem da data

O Dia dos Pais começou a ser celebrado em 1953, por iniciativa do publicitário Sylvio Bhering. Inicialmente, a data escolhida foi 16 de agosto, dia em que a Igreja Católica celebra São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus. Posteriormente, a data foi alterada para o segundo domingo de agosto, período que favorece o comércio por ser próximo a uma época propícia para reuniões familiares.

Em outros países, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de julho. Já em nações como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras, a celebração ocorre em 19 de março, Dia de São José.

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