O Ministério Público de São Paulo acusa 3 indivíduos pelo assassinato de um soldado da Rota, ocorrido em Guarujá.

O Ministério Público de São Paulo denunciou três homens nesta segunda-feira (7) pelo assassinato do soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, em Guarujá, na Baixada Santista. Além disso, eles também são acusados de tentativa de homicídio contra outros três policiais e por tráfico de drogas. Caso sejam condenados, cada um poderá pegar até 65 anos de reclusão.

No último final de semana, a Polícia Civil concluiu a investigação e indiciou três pessoas pela morte de Patrick. O delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia Sede da cidade, confirmou à CNN, neste sábado (5), o envio do inquérito à Justiça para abertura de ação penal contra os indiciados por homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico.

A polícia de São Paulo lançou a operação “Escudo” após a morte do soldado Patrick Bastos Reis durante um patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá. Mais de 600 agentes das polícias Civil e Militar participaram da ação, resultando em 16 pessoas mortas. Além disso, foram presas 147 pessoas e apreendidos 434 kg de drogas, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

No entanto, o ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, registrou boletim de ocorrência por ameaças de morte e injúrias raciais recebidas via WhatsApp. Ele tem criticado a atuação dos policiais envolvidos na Operação Escudo e se tornou porta-voz das denúncias de violações de direitos humanos feitas pelos moradores.

A defensora pública da União, Carolina Castelliano, afirmou à CNN que o número crescente de mortes de civis e militares em operações policiais indica uma ausência de técnica e inteligência na atuação das forças de segurança do estado de São Paulo. Ela defende que o Estado deve sempre atuar com técnica, nos limites da razoabilidade e com inteligência.

*Com informações de Léo Lopes e João Victor Azevedo.

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