Padre de Pernambuco se torna réu em caso de crimes sexuais, levando a investigações e preocupações na comunidade religiosa.

A Justiça de Pernambuco aceitou duas denúncias do Ministério Público e agora o padre Airton Freire e funcionários ligados a ele se tornaram réus em um caso de suspeita de envolvimento em crimes sexuais. A informação foi divulgada inicialmente pelo Jornal do Commercio e confirmada pela Folha junto ao Ministério Público.

No total, cinco pessoas denunciaram à Polícia Civil terem sido vítimas de possíveis abusos. O padre Airton, no entanto, nega as acusações. Ele foi preso em 14 de julho, na cidade de Arcoverde, em Pernambuco, pouco depois de pedir afastamento da entidade com a qual estava envolvido, a Fundação Terra de Pernambuco, devido às suspeitas de seu envolvimento em casos de estupro.

Após o agravamento de suas condições de saúde devido a um AVC, ele foi transferido para o Real Hospital Português, no Recife, onde está atualmente internado. Além do padre, outras duas pessoas foram denunciadas por crimes sexuais, sendo que uma está presa e outra foragida.

Um quarto funcionário da Fundação Terra, que não teve seu nome divulgado e seria um motorista, foi indiciado por falso testemunho, mas não há mandado de prisão contra ele. A Fundação Terra foi criada pelo padre Airton em 1984 e oferece atendimento nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Ao todo, cinco inquéritos foram instaurados sobre o caso, que estão sob sigilo de Justiça. Os advogados do padre Airton reafirmaram sua inocência em nota, alegando a existência de provas técnicas e testemunhais que comprovam sua inocência nos dois inquéritos concluídos, mas que não podem ser reveladas devido ao sigilo das investigações.

A defesa também criticou a atuação da Polícia Civil e do Ministério Público e afirmou que uma das supostas vítimas teria tentado extorquir o religioso. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos outros réus envolvidos no caso.

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