São Paulo decide dar um passo atrás e optar pela impressão de material didático digital, notícia importante para a educação.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou no sábado, 5, que os alunos da rede estadual receberão, além do acesso digital, o material didático impresso elaborado pelo governo paulista. A decisão de não aderir ao Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), do Ministério da Educação (MEC), foi tomada na terça-feira passada pelo governo paulista.

O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, abriu mão de 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6.º ao 9.º ano) em 2024 e também anunciou que não haverá mais a compra de livros para o ensino médio. Essa decisão gerou um inquérito aberto pelo Ministério Público Estadual (MP) para investigar a dispensa dos livros didáticos nas escolas estaduais em favor do material digital.

Tarcísio reforçou que sua gestão está desenvolvendo um material didático próprio e afirmou que “se o aluno quiser estudar digitalmente, ele vai poder. Se ele quiser estudar no conteúdo impresso, ele também vai ter esta opção”. O governador destacou a importância de padronizar e uniformizar o conteúdo das aulas em todas as regiões do estado, garantindo que todos os alunos tenham acesso ao mesmo material didático.

Segundo o governador, é necessário fechar o ciclo de aulas digitais, material didático coerente com o conteúdo, e tarefas de casa eletrônicas para acompanhar o estudo dos alunos fora da sala de aula. Essa decisão do governo paulista de dispensar os livros didáticos foi criticada por especialistas, editoras e autores. Entidades de livreiros do país divulgaram um manifesto conjunto contra a decisão, ressaltando que o PNLD é importante para garantir pluralidade, qualidade e transparência na educação.

Enquanto isso, escolas particulares de renome em São Paulo, como Bandeirantes, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Gracinha e Oswald de Andrade, adotam os mesmos livros didáticos rejeitados pela rede estadual. Essas escolas fazem pequenas adaptações nos livros vendidos no mercado privado e utilizam tanto versões impressas quanto digitais.

As informações foram retiradas do jornal O Estado de S. Paulo.

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