Segundo liderança pataxó, informações do censo são fundamentais para o aprimoramento das políticas indígenas.

O líder indígena Kâhu Pataxó, do Movimento Unido dos Povos Indígenas da Bahia, destacou a importância das informações do Censo Indígena 2022. Segundo ele, já há muito tempo a população indígena da Bahia vinha cobrando um levantamento como esse por parte do próprio estado, independentemente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) à época. Em entrevista à Agência Brasil, Kâhu Pataxó ressaltou que, em 2012, um levantamento feito por uma secretaria estadual já trazia alguns dados importantes sobre as comunidades indígenas do território baiano.

Para o líder indígena, os dados do IBGE são fundamentais, uma vez que toda política pública é baseada em informações demográficas. Agora, com os dados do Censo Indígena, será possível discutir com o governo da Bahia políticas voltadas para a comunidade indígena, com um retrato mais preciso da realidade atual na região.

De acordo com o Censo do IBGE, a Bahia e o Amazonas são os estados com maior concentração de população indígena no país, representando 42,51% do total. No Amazonas, vivem 490.854 pessoas, correspondendo a 28,98% da população indígena total, enquanto na Bahia são 229.103 indígenas, ou 13,53% do total.

Kâhu Pataxó destacou que os novos dados do IBGE fornecem aos indígenas locais condições para reivindicar políticas públicas voltadas para essa parcela da população, uma vez que a Bahia possui a segunda maior população indígena do país. Segundo ele, as informações do Censo Indígena levarão a avanços e aperfeiçoamento das políticas públicas direcionadas às comunidades indígenas da Bahia.

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