A defesa de Jonathan Messias contestou o vídeo utilizado pela polícia como evidência do lançamento da garrafa. Segundo o advogado José Victor Moraes, o laudo apresentado pela Polícia Técnica e Civil é baseado em uma suposta hipótese e não possui embasamento sólido. A defesa contratou um grupo de peritos para elaborar uma contraperícia e debater a prova pericial apresentada.
Porém, a diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, rebateu as alegações da defesa, afirmando que os vídeos utilizados pela polícia não foram editados, como alegado. Ela explicou que foram procurados os vídeos originais, que não foram modificados, e que a perícia realizada no local onde a torcedora foi atingida indica que a garrafa lançada por Jonathan é a única que poderia ter causado o acidente.
A defesa do acusado apresentou um pedido de habeas corpus na segunda instância do Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando que não existe base legal para a prisão preventiva ou temporária do torcedor. O advogado destacou que seu cliente é réu primário, com bons antecedentes e um bom histórico de residência e emprego.
Jonathan Messias, de 33 anos, foi preso no dia 25 de agosto, no Rio de Janeiro, após a polícia utilizar câmeras de reconhecimento facial para identificá-lo. Gabriela Anelli foi morta após ser atingida por uma garrafa de vidro no pescoço durante uma briga no Allianz Parque, em São Paulo. A confusão começou quando torcedores flamenguistas entraram em uma rua que dá acesso ao estádio palmeirense, gerando a insatisfação dos torcedores locais.
Após aproximadamente uma hora e meia de interrogatório, Jonathan Messias se manteve em silêncio, seguindo a estratégia da defesa. O suspeito não falou com a imprensa ao deixar o DHPP dentro do porta-malas de uma viatura policial. Ele permanecerá preso temporariamente.