A Polícia Civil de São Paulo realizou na última terça-feira (8) operações que resultaram na prisão de nove indivíduos, incluindo o maior receptador de celulares roubados no país e oito acusados de tráfico de drogas na Cracolândia, e na apreensão de 100 kg de cocaína.
O Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, revelou que as operações estão interconectadas, tendo como objetivo comum o combate à criminalidade na capital. Ele salientou a inter-relação entre roubo de celular, receptação, extração de dados, golpes via pix, envio de aparelhos roubados para outros países e tráfico de drogas ao afirmar: “Tudo está conectado”.
O maior receptador de celulares roubados no país, suspeito preso de Guiné-Bissau, tinha sob sua posse 312 celulares, dos quais 64 tinham queixas de roubo e furto. Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, o grupo liderado pelo suspeito extraía dados digitais dos celulares, cometia crimes e depois os enviava para revenda em outros países.
As investigações sobre roubos de celulares, em que as vítimas ficaram gravemente feridas ou morreram, levaram à identificação e à prisão de outros receptadores e dos autores dos crimes. Os investigadores apontaram o principal suspeito detido como sendo o maior receptador de celulares no país.
Simultaneamente, oito acusados de comerciar drogas na Cracolândia foram detidos. Um dos detidos, já com antecedentes por roubo e receptação, portava 100 quilos de cocaína. Outro preso, associado a uma facção criminosa, é suspeito de liderar o tráfico de drogas na região, estabelecendo regras para os demais traficantes.
A polícia também relatou a prisão de dois acusados de sequestro envolvidos em um crime cometido em 14 de junho. Esses indivíduos são também suspeitos de participação em sequestros coordenados via Pix. Este ano, a divisão Antissequestro atendeu a 29 casos desse tipo de crime, esclareceu 26 deles e prendeu um total de 93 pessoas.
