De acordo com as informações apuradas, um brasileiro que foi preso em junho deste ano no Aeroporto Internacional de São Paulo estava prestes a viajar ao exterior para se juntar ao Estado Islâmico. Além disso, esse indivíduo, por meio de aplicativos de mensagem, teria recrutado adolescentes para também promoverem e integrarem a organização terrorista.
A Polícia Federal afirma que a atuação desse homem preso se configura como crime de corrupção de menores, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena para cada jovem recrutado varia de um a quatro anos de reclusão. No entanto, como a conduta visou induzir os menores a cometer infrações previstas na Lei de Terrorismo, considerada um crime hediondo, as penas são aumentadas em um terço.
O Estado Islâmico é um grupo radical sunita, que atua principalmente em áreas da Síria e do Iraque. Ele surgiu a partir da vertente iraquiana da Al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Sua fundação teve início com a queda de Saddam Hussein e seu crescimento se deu durante a guerra civil na Síria, quando seus membros se uniram aos rebeldes contra o governo de Bashar al-Assad.
O grupo domina territórios, persegue minorias religiosas e realiza ataques terroristas em diversos países. Sua atuação tem gerado preocupação e mobilização por parte das autoridades de segurança ao redor do mundo.
Com as evidências encontradas durante esta operação da Polícia Federal, espera-se que seja possível avançar nas investigações sobre o recrutamento de adolescentes pelo Estado Islâmico e, assim, tomar medidas para evitar que mais jovens sejam influenciados e integrados a essa organização terrorista. A colaboração das autoridades policiais em âmbito nacional e internacional é essencial para combater o terrorismo e garantir a segurança da população.