Após o assassinato de Villavicencio, conheça as mudanças nas eleições do Equador e suas consequências.

O assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, nesta quarta-feira (9), está gerando incerteza em relação às iminentes eleições no país. Pelo menos três candidatos suspenderam temporariamente suas campanhas para reavaliar suas estratégias. Um deles, Jan Topic, foi ameaçado publicamente pela facção Los Lobos, que assumiu a responsabilidade pelo assassinato.

O governo de Guillermo Lasso, no entanto, anunciou que as eleições ocorrerão na data prevista, daqui a dez dias, em 20 de agosto. Diana Atamaint, titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), afirmou em comunicado conjunto com Lasso, divulgado no YouTube, que a data será mantida para cumprir o mandato constitucional e legal. Atamaint também informou que as Forças Armadas e a Polícia aumentarão a segurança nos locais de votação para garantir que os eleitores possam exercer seu direito de forma livre, pacífica e segura. Após o assassinato, Lasso declarou estado de emergência e mobilizou o Exército para garantir a segurança nas ruas.

A participação dos rivais políticos do candidato assassinado nas eleições ainda não está clara. Villavicencio era um dos oito candidatos que se apresentaram à Presidência após Lasso dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas em maio. Uma pesquisa da empresa Cedatos indicava que Villavicencio estava em segundo lugar nas intenções de voto, com 13,2%, atrás de Luisa González, candidata do ex-presidente Rafael Correa, que lidera a corrida com 26,6%. No entanto, outros institutos de pesquisa apresentam números diferentes, com uma pesquisa citada pela agência de notícias Reuters colocando Villavicencio em quinto lugar.

González estava em um comício no momento do crime e suspendeu o evento, expressando horror diante da tragédia, mas não deixou claro se pretende paralisar sua campanha. Por outro lado, Yaku Pérez, líder indígena de esquerda, e Otto Sonnenholzner, ex-vice-presidente de direita, anunciaram a interrupção temporária de suas campanhas. Pérez estava em terceiro lugar nas pesquisas, com 12,5%, enquanto Sonnenholzner ocupava a quarta posição, com 7,5%. Jan Topic, ex-empresário da área de segurança, que tinha como foco de sua campanha a explosão da violência no país, também se retirou temporariamente da disputa, figurando em sexto lugar nas intenções de voto, com 4,4%.

A morte de Villavicencio está causando uma reviravolta nas eleições equatorianas, com os candidatos tendo que reavaliar suas estratégias e decidir se continuarão na disputa. O país espera que as eleições possam ocorrer de forma pacífica e segura, apesar da tragédia recente.

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