O governo de Guillermo Lasso, no entanto, anunciou que as eleições ocorrerão na data prevista, daqui a dez dias, em 20 de agosto. Diana Atamaint, titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), afirmou em comunicado conjunto com Lasso, divulgado no YouTube, que a data será mantida para cumprir o mandato constitucional e legal. Atamaint também informou que as Forças Armadas e a Polícia aumentarão a segurança nos locais de votação para garantir que os eleitores possam exercer seu direito de forma livre, pacífica e segura. Após o assassinato, Lasso declarou estado de emergência e mobilizou o Exército para garantir a segurança nas ruas.
A participação dos rivais políticos do candidato assassinado nas eleições ainda não está clara. Villavicencio era um dos oito candidatos que se apresentaram à Presidência após Lasso dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas em maio. Uma pesquisa da empresa Cedatos indicava que Villavicencio estava em segundo lugar nas intenções de voto, com 13,2%, atrás de Luisa González, candidata do ex-presidente Rafael Correa, que lidera a corrida com 26,6%. No entanto, outros institutos de pesquisa apresentam números diferentes, com uma pesquisa citada pela agência de notícias Reuters colocando Villavicencio em quinto lugar.
González estava em um comício no momento do crime e suspendeu o evento, expressando horror diante da tragédia, mas não deixou claro se pretende paralisar sua campanha. Por outro lado, Yaku Pérez, líder indígena de esquerda, e Otto Sonnenholzner, ex-vice-presidente de direita, anunciaram a interrupção temporária de suas campanhas. Pérez estava em terceiro lugar nas pesquisas, com 12,5%, enquanto Sonnenholzner ocupava a quarta posição, com 7,5%. Jan Topic, ex-empresário da área de segurança, que tinha como foco de sua campanha a explosão da violência no país, também se retirou temporariamente da disputa, figurando em sexto lugar nas intenções de voto, com 4,4%.
A morte de Villavicencio está causando uma reviravolta nas eleições equatorianas, com os candidatos tendo que reavaliar suas estratégias e decidir se continuarão na disputa. O país espera que as eleições possam ocorrer de forma pacífica e segura, apesar da tragédia recente.