As mortes relacionadas ao consumo excessivo de álcool entre mulheres nos Estados Unidos estão em ascensão preocupante.

Um novo estudo revela que as mortes relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas entre as mulheres nos Estados Unidos estão aumentando em um ritmo mais acelerado do que entre os homens, especialmente para pessoas com 65 anos ou mais.

De acordo com os dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entre 1999 e 2020, ocorreram mais de 600 mil mortes relacionadas ao álcool, incluindo intoxicação alcoólica, doença hepática alcoólica, cardiomiopatia alcoólica, intoxicação aguda e transtornos mentais e comportamentais associados ao consumo de álcool.

Nos últimos 15 anos, tem havido um aumento constante nas mortes relacionadas ao álcool nos Estados Unidos, e historicamente, mais homens morreram devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. No entanto, um novo estudo mostra que a diferença está diminuindo. Entre 2018 e 2020, as mortes relacionadas ao álcool aumentaram 12,5% ao ano para homens, enquanto para mulheres o aumento foi de 14,7% ao ano.

O estudo também observou que as taxas de mortalidade relacionadas ao álcool estão aumentando entre as mulheres mais velhas. Entre 2012 e 2020, as mortes relacionadas ao álcool entre mulheres com 65 anos ou mais aumentaram 6,7% ao ano, em comparação com um aumento de 5,2% ao ano entre os homens na mesma faixa etária.

Embora o estudo não tenha identificado as razões específicas para o aumento das mortes femininas relacionadas ao álcool, alguns especialistas ofereceram possíveis explicações. O professor assistente de saúde populacional da Universidade Hofstra, Ibraheem Karaye, afirmou que as taxas de consumo de álcool parecem estar crescendo entre as mulheres. Além disso, o corpo das mulheres processa o álcool de maneira diferente dos homens, o que pode resultar em concentrações mais altas de álcool no sangue e maior vulnerabilidade a complicações de saúde.

George Koob, diretor do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, acrescentou que as mulheres correm maior risco de depressão e ansiedade, o que pode levá-las ao consumo de álcool como uma forma de lidar com esses problemas. Esse padrão pode ter sido agravado pela pandemia de Covid-19, uma vez que as mulheres mais velhas estão mais propensas à solidão após a perda de seus parceiros.

Além disso, as taxas de mortalidade mais altas entre as mulheres mais velhas podem ser atribuídas ao impacto acumulado do consumo crônico de álcool ao longo da vida.

Os especialistas enfatizam a importância de reduzir o uso de álcool, destacando que mesmo aqueles que beberam ao longo de suas vidas podem se beneficiar ao diminuir o consumo. Recomenda-se que as pessoas avaliem seu relacionamento com o álcool e considerem buscar ajuda profissional se necessário. Além disso, tirar alguns dias de folga da bebida pode ajudar a avaliar a influência do álcool na vida de alguém.

Em conclusão, o aumento das mortes relacionadas ao álcool entre as mulheres nos Estados Unidos, especialmente entre as mais velhas, é preocupante. As taxas de consumo de álcool e os efeitos em longo prazo sobre a saúde devem ser levados em consideração. É essencial que medidas sejam adotadas para ajudar a reduzir o consumo de álcool, especialmente entre as mulheres mais vulneráveis a complicações de saúde. A conscientização sobre os riscos e a oferta de suporte médico e emocional são essenciais para enfrentar esse problema de saúde pública.

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