Miller também enfatizou a importância de que a justiça seja feita em todos os casos de violência extremista, independentemente dos autores. O governo dos Estados Unidos elogiou a prisão de dois suspeitos israelenses feita por Israel, relacionados ao caso do assassinato do jovem palestino.
O incidente ocorreu durante confrontos entre colonos israelenses e o palestino Qusai Jamal Maatan, a leste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Segundo a mídia israelense, um dos suspeitos era ex-porta-voz de um membro do partido de extrema direita de Itamar Ben Gvir, atual ministro da Segurança Pública do governo de Benjamin Netanyahu.
A Cisjordânia é um território ocupado por Israel desde 1967 e cerca de 3 milhões de palestinos vivem lá. No entanto, existem cerca de 490 mil colonos judeus, cujas comunidades são consideradas ilegais pela ONU de acordo com a lei internacional.
Antes desse incidente, a ONU já havia alertado sobre o aumento dos ataques de colonos israelenses contra palestinos ou suas propriedades na Cisjordânia, registrando aproximadamente 600 “incidentes” nos primeiros seis meses deste ano.
Essa crítica dos Estados Unidos aos colonos israelenses e sua classificação do ataque como terrorismo geram repercussões significativas, especialmente porque Israel é um aliado importante para os norte-americanos na região do Oriente Médio. É uma rara demonstração de discordância entre os dois países, o que evidencia a preocupação dos EUA com a escalada de violência da extrema direita israelense e reforça a necessidade de justiça e combate a todas as formas de extremismo.
Essa postura dos Estados Unidos também pode ter implicações políticas internas para o governo de Benjamin Netanyahu, que tem apoio das comunidades de colonos e é alvo de críticas pela falta de ação contra a violência desses grupos. A pressão internacional está cada vez mais forte para que medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos palestinos e coibir esses ataques violentos.