Dois dias antes deste incidente, um ataque armado nas proximidades do Malecón 2000, no centro de Guaiaquil, resultou na morte de duas pessoas. O jornal Vistazo relatou que os disparos foram divulgados nas redes sociais e ocorreram enquanto os cidadãos ainda caminhavam pela região turística e comercial da cidade.
O país também foi abalado pelo assassinato do prefeito de Manta, Agustín Intriago, que foi baleado a poucos metros de distância. Além disso, mais de 500 presos foram assassinados em meio a uma crise carcerária, o que levou à greve de fome nas penitenciárias.
Enquanto isso, o ex-presidente Rafael Correa está exilado na Bélgica por perseguição política, e sua candidata, Luisa González, do movimento Revolução Cidadã, ocupa a dianteira nas pesquisas para a chefia de governo. González luta pelos direitos de todos e defende a igualdade de oportunidades e a garantia de direitos.
No entanto, para vencer no primeiro turno, González precisa de pelo menos 40% dos votos com uma vantagem de 10% sobre o segundo colocado. Caso isso aconteça, ela governaria com um mandato temporário até maio de 2025.
Outro candidato que também está na disputa é o empresário Otto Sonnenholzner, líder da Associação Equatoriana de Radiodifusores (AER) na província de Guayas. Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi assassinado nesta quarta-feira (9), e era conhecido por suas denúncias contra Julian Assange.
Além disso, há uma preocupação em relação ao modelo econômico do país, que é baseado na exportação de produtos primários. Recentemente, uma missão público-privada voltou de Washington com o objetivo de obter mais apoio para a Lei de “Inovação e Desenvolvimento” do Equador, que visa a aumentar as exportações para os Estados Unidos. No entanto, críticos argumentam que esse modelo econômico é falido e defendem investimentos públicos para recuperar a economia.
Para piorar a situação, há uma campanha de difamação contra o correísmo, com apoio de mídias venais e campanhas pagas de outros países utilizando contas e informações falsas para influenciar as eleições de forma desavergonhada.
Em meio a esse cenário caótico, o Equador se prepara para as eleições, onde o futuro do país está em jogo. É a hora do tudo ou nada.
Leonardo Wexell Severo – Hora do Povo