Novo ‘boom de commodities’ se aproxima, pode até ocorrer na Amazônia, alertam especialistas. Novidades em breve.

Na revista The Economist, foi destacado que a América Latina tem o potencial de se tornar a superpotência de commodities deste século, em um mundo mais consciente do meio ambiente, com ênfase nos carros elétricos. A região já é conhecida por fornecer matérias-primas, mas pode estar à beira de um boom nesse setor.

A matéria cita minérios e metais cruciais, como lítio e grafite, que são essenciais para as baterias dos carros elétricos. No Brasil, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que mais descobertas são prováveis, uma vez que apenas 30% do subsolo brasileiro foi estudado. Além disso, a região também tem potencial para a produção de petróleo, gás e alimentos.

A infraestrutura na América Latina já é melhor do que em outras regiões exportadoras, segundo a revista. Um exemplo disso é a construção de um segundo terminal no porto de Santos pela empresa chinesa Cofco, que aumentará a capacidade de 3 milhões para 14 milhões de toneladas até 2026.

Na edição de agosto/setembro da revista Bloomberg Markets, foi destacado o fechamento da Ford no Brasil após 100 anos de atividade, o que abre espaço para a China ganhar terreno no país. A matéria ressalta que o presidente Lula tem buscado um renascimento industrial e tem focado em parcerias com a China. O governador baiano, Jerônimo Rodrigues, é apontado como uma estrela em ascensão no Partido dos Trabalhadores de Lula.

Outro ponto de destaque é a questão ambiental na Amazônia. De acordo com a Reuters, a Petrobras demonstrou interesse em investir em lítio na Bolívia durante a cúpula da Amazônia, em uma reunião entre o CEO Jean Paul Prates e o presidente Luiz Arce. No entanto, autoridades anônimas citadas pelo Financial Times e The Guardian afirmam que foi justamente a Bolívia que impediu que os países amazônicos se comprometessem a zerar o desmatamento até 2030.

O noticiário internacional sobre a cúpula da Amazônia foi, em geral, positivo. O Guardian destacou a fala de Lula pedindo que os países ricos paguem e protejam as florestas tropicais do mundo. Já o Le Monde ressaltou o sucesso diplomático de Lula, apesar de avanços limitados, enquanto o New York Times relatou que os países amazônicos, liderados pelo Brasil, assinaram um pacto pela floresta tropical. No entanto, o acordo ficou aquém das ambições maiores esperadas por Lula.

No geral, a América Latina se mostra como uma potência em commodities, especialmente no setor de mineração, e busca se fortalecer também na produção de energia e alimentos. A região possui infraestrutura favorável e tem buscado parcerias com a China para expandir seus negócios. No entanto, questões ambientais, como o desmatamento na Amazônia, ainda são um desafio a ser enfrentado.

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