Embora o acesso público ao site esteja interrompido, o acesso aos dados continua disponível para órgãos como o Ibama, Corpo de Bombeiros e Polícia Federal, de acordo com o Inpe. Os meses de julho, agosto e setembro são considerados críticos para ocorrência de queimadas no Brasil, principalmente na Amazônia e no cerrado, muitas vezes associadas ao desmatamento.
O MCTI comunicou que o site foi retirado do ar para “auditoria e atualização dos sistemas”, com previsão de restabelecimento até o final desta semana, por meio da plataforma TerraBrasilis, com informações em tempo real. Enquanto isso, o Inpe disponibilizou um outro site (http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/queimadas/portal/) para acesso parcial aos dados sobre queimadas no país.
Em nota publicada no dia 1° de agosto, o Inpe informou que o ataque afetou apenas a “camada superficial de acesso dos usuários” e que o hacker teve acesso às mesmas informações disponibilizadas pela instituição para qualquer pessoa interessada. Dias antes, uma matéria do site TecMundo divulgou que um hacker russo afirmava ter invadido os sistemas do Inpe.
O indivíduo conhecido como Samurai, do grupo russo SecDet, teria relatado em um chat no Telegram as vulnerabilidades nos sites governamentais e detalhado o passo a passo da invasão ao site do Instituto de Pesquisas Espaciais. A situação foi divulgada no Twitter pelo especialista em ameaças AkaClandestine, segundo a reportagem do TecMundo.
O hacker também teria afirmado que a invasão não permitia nenhum controle sobre os satélites. Essa informação foi enfatizada pelo Inpe na nota de imprensa divulgada no dia 1° de agosto, onde esclareceu que não havia possibilidade de um agente externo assumir o controle dos satélites, já que o controle é realizado em um ambiente de comunicação e processamento separado da internet.
Apesar do ataque ao site do Inpe, é importante ressaltar que o monitoramento das queimadas no Brasil não foi afetado. O instituto continua a disponibilizar os dados para órgãos responsáveis pelo combate e prevenção dos incêndios florestais. A expectativa é que o acesso público ao site seja restabelecido em breve, garantindo a transparência das informações e auxiliando nas ações de proteção ao meio ambiente.
