Segundo o coordenador do Observatório, Cristiano Boccolini, os números revelam uma cobertura vacinal de apenas 2,9% entre bebês de 6 meses a 2 anos, o que é extremamente baixo. Boccolini ressaltou que diversos fatores contribuíram para essa baixa adesão à vacinação, como a demora para a compra de vacinas, informações falsas de que as crianças não sofrem com a forma grave de covid-19 e a desconfiança em relação à segurança e eficácia da vacina.
Em relação aos impactos da falta de vacinação nessa faixa etária, dados epidemiológicos recentes revelam que, entre 1º de janeiro e 11 de julho de 2023, o Brasil registrou 80 mortes de crianças de até 4 anos, sendo 23 dessas mortes de crianças entre 1 e 4 anos. Além disso, houve 2.764 hospitalizações nesse grupo etário, com 994 hospitalizações de crianças de 1 a 4 anos. Esses números são preocupantes e demonstram a importância da vacinação nessa faixa etária.
A pesquisadora do Unifase, Patrícia Boccolini, enfatizou que as vacinas contra a covid-19 estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, e sugeriu que as unidades de saúde apliquem o imunizante contra a covid-19 quando as crianças comparecerem para o esquema vacinal regular. Ela também propôs a ampliação dos horários de atendimento nos postos de saúde e a instalação de pontos de vacinação móveis em locais de grande circulação, como metrôs e shoppings.
Para ampliar a vacinação nessa faixa etária, os coordenadores do Observa Infância defendem a realização de campanhas direcionadas para crianças de até 5 anos, com o objetivo de facilitar o acesso à informação qualificada e promover uma maior compreensão sobre a importância da vacinação contra a covid-19.
É fundamental que os responsáveis pelas crianças estejam cientes da importância da vacinação e busquem imunizá-las. A vacina contra a covid-19 é segura e eficaz, e sua aplicação em crianças contribui para a proteção não só delas, mas também para a redução da transmissão do vírus na comunidade.
