Governo Tarcísio planeja fornecer livros escolares, veja detalhes sobre como será a distribuição.

Após a polêmica decisão de excluir os livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e optar exclusivamente pelo conteúdo digital, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as escolas do estado de São Paulo passarão a receber, a partir de 2024, um material produzido e impresso pela Secretaria Estadual de Educação. Essa medida afeta principalmente os anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano.

Os livros do Currículo em Ação, que já estão presentes nas escolas desde 2010, passarão por modificações para que possam ser utilizados de forma exclusiva, sem a necessidade de suporte dos livros didáticos antes comprados e enviados pela União. Essa mudança, de acordo com Renato Feder, secretário de Educação, tem o objetivo de padronizar o ensino nas escolas estaduais paulistas. Anteriormente, Feder havia justificado a decisão alegando que os livros fornecidos pelo MEC eram “rasos, superficiais e pouco confiáveis”.

Essa exclusão dos livros didáticos se aplica somente aos anos finais do ensino fundamental. Nas demais etapas, como nos anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e no ensino médio, as escolas continuarão a receber os livros didáticos do MEC. O ministério irá oficiar o governo Tarcísio sobre a obrigatoriedade do uso desses livros para os anos iniciais, uma vez que as compras desse material já foram realizadas no primeiro semestre de 2023.

Os livros do Currículo em Ação, que serão entregues aos alunos de 6º a 9º ano, são um material produzido pela Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Secretaria de Educação desde 2010. Atualmente, esse material é considerado como um complemento para as aulas, uma espécie de caderno de exercícios. No entanto, a secretaria planeja reformular esses livros para que possam conter também explicações e conceitos das disciplinas, além das atividades. Com isso, esses livros serão utilizados exclusivamente pelos professores.

Além dos livros impressos, a secretaria também promete entregar material digital para ser utilizado em sala de aula. Esse conteúdo será apresentado de forma interativa, com links que direcionarão os professores para vídeos, mapas ou imagens relacionadas ao que estão trabalhando em aula. A secretaria se comprometeu a fornecer melhorias na infraestrutura de internet, para que todas as cerca de 3.500 escolas estaduais disponham de uma internet de qualidade até o fim deste ano.

Apesar de não ter divulgado o custo extra da impressão dos livros, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que, neste ano, gastou R$ 122 milhões para imprimir os livros do Currículo em Ação e estima que o valor se mantenha semelhante no próximo ano.

Essa medida do governo de São Paulo tem como objetivo promover mudanças no sistema educacional do estado e garantir um material didático de qualidade para os estudantes. A partir de 2024, as escolas paulistas enfrentarão uma nova realidade, em que a exclusividade dos livros digitais será substituída pela impressão dos livros do Currículo em Ação.

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