O Exército reafirma sua posição contra desvios e recebe apoio do ex-chefe do GSI, na figura do general Cid.

Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (15), o Exército se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal que investiga a venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como presentes. De acordo com o comunicado, a instituição militar não irá comentar especificamente sobre o caso, mas deixou claro que não compactua com desvios de conduta de seus membros.

A nota destaca que o Exército está acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e está colaborando com as investigações em curso. No entanto, a instituição afirma que não se pronuncia sobre processos apuratórios conduzidos por outros órgãos, seguindo o procedimento de respeito às demais instituições da República.

É importante ressaltar que o Exército Brasileiro reforçou o seu posicionamento contra quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes. Essa postura é fundamental para preservar a reputação da instituição, especialmente diante do envolvimento de um general de quatro estrelas na investigação em curso.

No caso específico, o general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão na operação. Mesmo com a prisão de seu filho, o general Cid sempre gozou de boa reputação entre seus pares e recebeu solidariedade do general da reserva Sergio Etchegoyen.

Etchegoyen, que foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional no governo Temer e chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou confiar no general Cid, ressaltando que o conhece há muitos anos.

Nos bastidores, oficiais do Exército têm especulado que a operação da Polícia Federal faz parte de uma suposta guerra contra a instituição militar. Acredita-se que seria uma retaliação na disputa pelo comando da segurança presidencial, que atualmente é responsabilidade da Polícia Federal, mas que anteriormente cabia aos militares do GSI.

Após os ataques golpistas ocorridos no início deste ano, o presidente Lula determinou que a PF assumisse a responsabilidade pela segurança presidencial, que passou a ser conduzida por uma secretaria extraordinária comandada pelo delegado Aleksander Oliveira. No entanto, com a nomeação do general Marcos Antônio Amaro para o GSI, os militares devem voltar a cuidar dessa tarefa.

Em suma, o Exército Brasileiro manifestou-se oficialmente sobre a operação da Polícia Federal, reiterando sua postura de não compactuar com desvios de conduta. O envolvimento do general Cid na investigação tem gerado reflexos na imagem da instituição, mas colegas de profissão têm demonstrado confiança em sua conduta. A especulação de uma suposta guerra entre a PF e o Exército nos bastidores tem sido assunto frequente entre oficiais militares.

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