Prédio irregular no Itaim Bibi não será demolido, ainda que desocupação seja necessária, decisão judicial confirma.

A Justiça de São Paulo negou o pedido de demolição do prédio de luxo erguido de maneira irregular no Itaim Bibi, na zona oeste da capital. A decisão, proferida nesta quinta-feira (10), determinou que o empreendimento terá que permanecer desabitado até que a obra seja regularizada. Além disso, qualquer publicidade de venda das unidades, inclusive em meios digitais, foi vetada, e uma cópia da decisão deverá ser anexada de forma visível no empreendimento. Vale ressaltar que cabe recurso.

A Procuradoria-Geral do Município entrou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça, no fim de junho, pedindo a demolição do edifício. O Ministério Público também defendeu a mesma sanção, além do pagamento de indenização de R$ 500 milhões, em um inquérito aberto no início deste ano.

Em resposta, a prefeitura afirmou que “não é correto afirmar que o prédio não será demolido. O pedido demolitório poderá ser apreciado na fase processual oportuna”.

O empreendimento de 23 andares foi construído sem um dos alvarás necessários. O processo administrativo, que teve início em fevereiro deste ano, identificou que a obra possuía apenas o alvará de aprovação de edificação nova. No entanto, para a construção do empreendimento, era necessária a emissão do alvará de execução de edificação nova, que não foi expedido pelo município, mesmo após várias tentativas da construtora.

Segundo o processo administrativo, as obras começaram em dezembro de 2018, um ano antes do pedido de alvará de execução de edificação nova ser protocolado.

O prédio está localizado na rua Leopoldo Couto de Magalhães, próximo à avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das regiões com o valor do metro quadrado mais alto da cidade. O edifício é composto por apartamentos que variam de 382 a 739 metros quadrados, com até oito vagas de garagem. O preço das unidades começa em R$ 14,5 milhões, em média.

O advogado da construtora São José, responsável pela obra, afirmou que a empresa está presente há mais de 40 anos no mercado e está buscando resolver o litígio com a prefeitura.

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