Bancos enaltecem Haddad e aprovam rumo da política econômica do governo, confiantes na sua efetividade.

Os presidentes dos principais bancos privados do Brasil estão otimistas em relação à política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Eles acreditam que as medidas adotadas até agora, como a reforma tributária e o fortalecimento do arcabouço fiscal, estão levando o país na direção certa e ajudarão a destravar a economia.

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, afirmou que o trabalho conjunto realizado pelo Ministério da Fazenda, pelo Banco Central e pela equipe econômica está correto e tem contribuído para as condições favoráveis da economia. Ele ressaltou a importância da atuação do Banco Central ao iniciar o aumento da taxa básica de juros em 2021, enquanto outras autoridades monetárias do mundo relutavam em tomar essa medida. Essa ação possibilitou que a taxa Selic começasse a cair recentemente.

Mario Leão, presidente do Santander Brasil, compartilha a visão de Maluhy. Ele destacou que a elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de risco Fitch é um sinal de que o país está no caminho certo. Leão também elogiou a consolidação da agenda fiscal do governo e a atuação eficiente de Haddad.

Os bancos também veem com bons olhos a recente redução da taxa básica de juros pelo Banco Central. Eles acreditam que isso contribuirá para uma melhora dos negócios, estimulando a demanda por crédito, especialmente entre as grandes e médias empresas. No primeiro trimestre, esses segmentos ficaram distantes do mercado financeiro devido aos efeitos da taxa Selic sobre a atividade econômica e ao impacto da recuperação judicial da Americanas.

Para o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, o segundo semestre tem sinais positivos, com uma expectativa de recuperação do mercado de capitais. Ele afirmou que empresas estão demonstrando uma disposição maior para tomar crédito, o que é um indicativo de uma retomada da atividade econômica.

Apesar do otimismo dos bancos, há discordâncias em relação às propostas do governo para a segunda etapa da reforma tributária. Os bancos são contrários à ideia de extinguir os juros sobre capital próprio (JCP), argumentando que isso aumentaria o custo do crédito e prejudicaria a indústria. Eles defendem uma equação que leve em consideração as assimetrias tributárias enfrentadas pelas instituições financeiras.

Apesar das divergências, os presidentes dos três maiores bancos privados do país acreditam em uma saída negociada com o governo e destacaram a interlocução positiva que têm mantido com as autoridades.

Em suma, os presidentes dos bancos privados estão otimistas em relação à política econômica do governo, mas têm ressalvas em relação a certas propostas de reforma tributária. Eles acreditam que as medidas já adotadas estão levando o país na direção certa e esperam uma recuperação da economia nos próximos meses.

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