A aprovação do nome de Margarida Alves no ‘Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria’ é um importante reconhecimento no Senado.

O Senado aprovou, por meio do PLC 63/2018, a inclusão do nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Margarida Alves, uma líder sindical paraibana, foi reconhecida por sua incessante defesa dos direitos dos trabalhadores rurais e seu trágico assassinato aos 50 anos de idade por pistoleiros a mando de fazendeiros. Ela se tornou uma das primeiras mulheres a assumir um cargo de direção sindical no Brasil, lutando pela garantia de direitos básicos como a assinatura da carteira de trabalho, o recebimento de décimo terceiro salário, a limitação da jornada de trabalho a oito horas diárias, a concessão de férias e a licença-maternidade.

Margarida Alves se tornou uma inspiração para diversos movimentos sociais, inclusive a criação da emblemática Marcha das Margaridas, que ocorre anualmente desde o ano 2000. A marcha reúne trabalhadoras rurais de todo o país e tem o objetivo de reivindicar por melhores condições de trabalho, igualdade de gênero, acesso à terra e defesa dos direitos humanos.

O senador Paulo Paim, do Partido dos Trabalhadores pelo Rio Grande do Sul, enfatizou a importância de Margarida Alves como símbolo de resistência e luta pelos direitos trabalhistas. Ele ressaltou que Margarida dedicou sua vida à defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, enfrentando as adversidades e ameaças de morte advindas do latifúndio. Paulo Paim afirmou que incluir o nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um ato de justiça e reconhecimento por sua contribuição para a história do país.

A aprovação da inclusão de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um passo importante para a preservação de sua memória e legado, bem como para o reconhecimento da importância da luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Agora, a proposta segue para a sanção presidencial, aguardando a decisão que oficializará esse merecido reconhecimento.

Margarida Alves, mesmo após sua morte brutal, continua sendo uma referência de coragem e resistência para todos aqueles que lutam pelos direitos trabalhistas e pela justiça social. Sua trajetória de vida serve como exemplo e inspiração, mostrando que é possível enfrentar as desigualdades e injustiças e buscar um país mais justo e igualitário. A inclusão no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é uma homenagem que perpetuará sua história e influência na história do Brasil.

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