O responsável do Movimento Pardo-Mestiço será interrogado pela CPI das ONGs acerca do Censo.

A CPI das ONGs, que investiga possíveis irregularidades e desvios de recursos em organizações não governamentais, continua avançando em suas investigações. Nesta quarta-feira (16), foi aprovado o convite para a realização de uma audiência com Helderli Fideliz, presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro e também presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Manaus.

A escolha de Fideliz como convidado se deu em virtude dos dados divulgados pelo IBGE no Censo de 2022, que apontaram um crescimento expressivo no número de brasileiros que se declaram indígenas. Segundo o senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da Comissão, a ideia da reunião com Fideliz é esclarecer esses dados e entender melhor a atual situação dos indígenas no país.

De acordo com o Censo, foram registrados 1,7 milhão de indígenas no Brasil. Esse número representa um aumento significativo em relação aos dados anteriores, o que desperta questionamentos e a necessidade de investigação por parte da CPI das ONGs. Acredita-se que a presença de Fideliz, que possui amplo conhecimento sobre os direitos humanos e a realidade indígena em território nacional, possa contribuir para a compreensão desses números e a análise das possíveis causas desse aumento.

É importante ressaltar que a CPI das ONGs tem como objetivo principal a investigação de supostos desvios de recursos públicos em organizações não governamentais. No entanto, é necessário considerar que, diante das informações trazidas pelo Censo, existe a possibilidade de que essas irregularidades estejam relacionadas ao registro indevido de indígenas como beneficiários de programas assistenciais, por exemplo.

Dessa forma, a audiência com Helderli Fideliz se mostra imprescindível para o esclarecimento desses dados e a identificação de possíveis fraudes ou distorções no registro de indígenas no Brasil. A participação do presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro e do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Manaus certamente trará contribuições relevantes para os trabalhos da CPI das ONGs e para a busca de transparência e justiça em relação aos recursos destinados às comunidades indígenas.

Nesse sentido, espera-se que a audiência proporcione um debate produtivo, com a apresentação de dados precisos e análises fundamentadas, a fim de que a CPI das ONGs possa cumprir seu papel de investigar e combater irregularidades, garantindo os direitos dos indígenas e a correta aplicação dos recursos públicos.

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