O hospital, ao ser procurado pela Folha, informou que tomará medidas legais contra a funcionária, que foi afastada de suas funções. Segundo o hospital, o bebê está em boas condições de saúde e permanece internado apenas para ganhar peso.
No vídeo, a fisioterapeuta aparece vestindo o uniforme do hospital e usando luvas. Enquanto canta e dança, ela segura a cabeça do bebê que está dentro do bolso. Durante a gravação, também é possível ouvir risadas.
A Polícia Civil confirmou que foi aberto um inquérito para investigar o caso. A delegada Vivian de Andrade Matos, da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Itajaí, será responsável pela investigação.
O Ministério Público de Santa Catarina também abriu um procedimento para apurar o caso, que será mantido em sigilo na 4ª Promotoria de Justiça de Itajaí.
A Secretaria de Estado da Saúde declarou que lamenta o ocorrido e considera a situação inaceitável, afirmando que acompanhará as investigações. O hospital não faz parte da rede estadual, mas possui parceria para atendimento pelo SUS.
O Crefito-10 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região) emitiu uma nota de repúdio contra a atitude inconsequente da profissional e informou que membros do conselho já entraram em contato com o hospital para iniciar as apurações. Caso seja confirmado que a pessoa envolvida é uma fisioterapeuta, seu exercício profissional será suspenso até a conclusão do processo ético disciplinar.
A direção do hospital divulgou uma nota manifestando completa indignação e repúdio com a conduta inapropriada e desrespeitosa da funcionária. Informaram que tomarão todas as medidas jurídicas possíveis contra a fisioterapeuta, tanto administrativas, criminais quanto civis. Além disso, também irão investigar os colaboradores que filmaram ou participaram dessa cena, sem defender a criança.
Com uma média de 380 partos mensais, o Hospital Marieta preza pelo respeito e humanização no cuidado com recém-nascidos e parturientes há décadas. A direção reforçou que esse ato isolado não pode manchar a imagem dos profissionais que trabalham no hospital e zelam diariamente pelo bem-estar dos bebês.