Homenagem destaca importância da maçonaria para a Independência do Brasil.

No último dia 18, foi realizada uma sessão solene para comemorar o Dia do Maçom. Essa data é celebrada no dia 20 de agosto e é um momento para lembrar o papel fundamental que a maçonaria teve na Independência do Brasil. Durante o evento, os participantes ressaltaram a importância da organização em preservar os princípios democráticos.

A sessão solene foi requerida pelos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e pelo deputado General Girão (PL-RN). O senador Izalci, que presidiu a sessão, destacou que os maçons atuais devem se inspirar nos colegas do passado para defender questões importantes como segurança pública, saúde e educação.

Izalci mencionou o discurso proferido por Joaquim Gonçalves Ledo, maçom e jornalista fluminense, no dia 20 de agosto de 1822. Nesse discurso, Ledo falou sobre a liberdade e sensibilizou o príncipe regente, Dom Pedro I, que pouco tempo depois proclamou a Independência do Brasil. O senador ressaltou que os maçons de hoje têm a tarefa grandiosa de empunhar a bandeira de um novo movimento de libertação, voltado para as realidades do nosso tempo.

Por sua vez, o senador Hamilton Mourão ressaltou a importância da maçonaria conservar e defender seus valores históricos. Ele destacou que algumas ações do Poder Judiciário têm causado uma crise na democracia e no Estado de direito, valores considerados fundamentais pela sociedade e pela organização maçônica.

Mourão ressaltou que a maçonaria se rege por princípios e valores que, infelizmente, parecem estar sendo esmagados atualmente. Ele destacou a importância da maçonaria prosseguir em seu trabalho silente e apontou o desequilíbrio entre os poderes da democracia, com um peso cada vez maior no Poder Judiciário.

O deputado General Girão, por sua vez, explicou que a maçonaria é uma associação de pessoas com interesse no desenvolvimento social e intelectual. Ele explicou que a maçonaria não é uma religião, partido político ou clube social, mas sim uma sociedade filosófica, filantrópica e universal.

Durante a sessão, também foi aprofundado o envolvimento dos maçons na Independência do Brasil. O deputado Lafayette de Andrada destacou que a libertação do domínio português em 1822 foi precedida pela Revolução Pernambucana, em 1817, liderada por maçons. Ele também ressaltou que a maçonaria enfrentou momentos de proibição e clandestinidade no passado.

A maçonaria no Brasil teve seu início no final do século XVIII, com a criação de lojas em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Em 1817, a maçonaria foi proibida no Brasil, mas após a Independência, ressurgiu. Izalci explicou que a maçonaria moderna foi fundada por “pedreiros de profissão, juntamente com arquitetos, pintores e outros profissionais da arte” no contexto das ideias iluministas.

Além dos parlamentares, também estiveram presentes na sessão representantes de importantes instituições maçônicas, como o grão-mestre-geral-adjunto do Grande Oriente do Brasil (GOB), o grão-mestre presidente da Confederação Maçônica do Brasil (Comab) e o secretário-geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB).

A sessão solene para comemorar o Dia do Maçom foi um momento importante para relembrar a contribuição da maçonaria para a Independência do Brasil e destacar a importância de preservar os valores democráticos. A maçonaria continua desafiada a empunhar a bandeira da liberdade e lutar por um país melhor.

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