Lolita ganhou notoriedade ao se tornar o centro de uma longa batalha travada por ativistas em busca de sua libertação. O condado de Miami-Dade já havia anunciado em março deste ano que planejava devolver a orca ao oceano, especificamente na costa do estado de Washington, nos próximos dois anos. A captura de Lolita ocorreu em 1970 nessa mesma região, quando ela ainda era um filhote de aproximadamente quatro anos. Logo após, o Miami Seaquarium adquiriu a baleia.
No aquário, Lolita se tornou a principal atração e protagonizava seu próprio espetáculo. No entanto, ativistas em defesa dos direitos dos animais criticavam há anos as condições de seu cativeiro. A orca vivia em um tanque relativamente pequeno, com apenas 24 metros de comprimento por 10 metros de largura, o que era considerado inadequado para um animal de seu porte.
No ano passado, Lolita deixou de se apresentar ao público devido a problemas de saúde, o que gerou ainda mais apelos pela sua libertação. Pretendia-se que ela fosse reintegrada à vida no oceano e tivesse a oportunidade de viver em um ambiente mais natural, como era seu direito.
A morte de Lolita marca o fim de uma triste história de vida em cativeiro e coloca em evidência a necessidade de repensar a forma como os animais são tratados em aquários e zoológicos. O caso da orca trouxe à tona as discussões sobre a ética da manutenção de animais selvagens em cativeiro para entretenimento humano. Agora, resta aguardar quais serão os próximos passos das autoridades em relação ao destino de outras baleias e golfinhos mantidos em situações semelhantes.
