Economistas preveem que a inflação atingirá 4,9% até o final do ano, ultrapassando a expectativa anterior de 4,84%.

No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (21), o mercado financeiro elevou a previsão para a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,84% para 4,9% em 2023. Essa estimativa está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano. De acordo com o CMN, a meta é de 3,25% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%.

A previsão para o IPCA de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%. No entanto, essa projeção está dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual definido pelo CMN.

Em relação aos juros básicos, o Banco Central usa a taxa Selic como principal ferramenta para controlar a inflação. Diante da queda da inflação nos últimos meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou em agosto um ciclo de redução da Selic. A última vez em que o BC havia diminuído a taxa foi em agosto de 2020, quando ela passou de 2,25% para 2% ao ano. Desde então, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas até março de 2021, quando a taxa atingiu 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a taxa Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Já para o fim de 2024, a estimativa é de queda para 9% ao ano. Para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic fique em 8,5% ao ano.

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2023 é de 2,29%, a mesma do boletim da semana anterior. Já para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,33% do Produto Interno Bruto (PIB). Para os anos de 2025 e 2026, o mercado projeta uma expansão do PIB de 1,9% e 2%, respectivamente.

No que diz respeito ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre este ano valendo cerca de R$ 4,95. Para o fim de 2024, a estimativa é de uma cotação de R$ 5 por dólar.

Vale ressaltar que as projeções divulgadas no Boletim Focus são feitas com base nas expectativas das instituições financeiras, sendo importante acompanhar a evolução dos indicadores econômicos ao longo do tempo para verificar se essas estimativas se confirmarão.

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