Na quinta-feira, pela manhã, a ONG já havia anunciado o salvamento de 272 migrantes, incluindo 32 menores desacompanhados, nove bebês e cinco pessoas com deficiências. A SOS Méditerranée informou que os resgatados são de 23 nacionalidades diferentes.
Durante a tarde de sexta-feira, a organização relatou que mais 136 pessoas foram resgatadas em coordenação com a guarda-costeira italiana, em uma área de busca e resgate entre a Tunísia e a ilha de Lampedusa, localizada ao sul da Itália. No total, 438 pessoas resgatadas encontram-se atualmente a bordo do “Ocean Viking”, informou a ONG.
A rota central do Mediterrâneo tem se mostrado a mais perigosa do mundo para os migrantes. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), desde o início do ano, 2.013 migrantes morreram afogados nessa rota. A situação é alarmante e traz à tona a necessidade de mais ações humanitárias e políticas efetivas para controlar os fluxos migratórios na região.
O trabalho realizado pelo “Ocean Viking” e pela SOS Méditerranée é de extrema importância para a segurança e o resgate dessas pessoas que estão arriscando suas vidas em busca de melhores condições de vida. Porém, é preciso ressaltar que esse problema não pode ser enfrentado apenas por organizações humanitárias. Os governos dos países envolvidos também devem assumir sua responsabilidade e buscar soluções eficazes para lidar com essa situação.
Além disso, é necessário que a comunidade internacional contribua com recursos e apoio para ajudar no resgate e na recepção desses migrantes. A crise migratória no Mediterrâneo exige uma ação conjunta e coordenada entre os países, visando à preservação da dignidade e dos direitos humanos dessas pessoas em situação de vulnerabilidade.
É importante destacar a relevância desses resgates para ampliar a conscientização sobre a questão migratória e para pressionar os governos a adotarem políticas mais humanitárias. A sociedade civil tem um papel fundamental nesse processo, ao cobrar e acompanhar as ações das autoridades competentes e ao apoiar as organizações que se dedicam a salvar vidas no mar.
