Lula, em Angola, defende reforma do Conselho de Segurança da ONU para garantir representatividade global.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu último dia de visita a Angola, defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o presidente, a entidade já não representa mais aquilo para qual foi criada e está longe de ter a mesma credibilidade de quando foi fundada em 1945. Lula criticou o Conselho de Segurança por se envolver em conflitos militares sem consultar os demais países membros, citando exemplos como a Rússia na Ucrânia, os Estados Unidos no Iraque e a França e a Inglaterra na Líbia. Para o presidente, os países do Conselho de Segurança são os responsáveis por fazer a guerra e vender armas, o que está errado.

Lula afirmou também que mais países devem compor o conselho e questionou a representação geográfica da África, Ásia e América Latina. O presidente defende que o Brasil, Índia, Alemanha e Japão também devem ter assento no Conselho de Segurança. Ele destacou que há divergências, mas não são do Brasil.

Além disso, Lula mencionou a questão da dívida africana ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, é preciso repensar o mecanismo de pagamento dessa dívida, que atualmente está se tornando impagável para os países africanos. O presidente sugeriu que o dinheiro da dívida seja investido em obras de infraestrutura ao invés de ser pago, já que o orçamento dos países africanos não é suficiente para quitar o débito.

Lula encerra sua visita oficial a Angola e segue para São Tomé e Príncipe, onde participará da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Essa é sua primeira visita ao continente africano desde o início de seu terceiro mandato.

Em resumo, o presidente Lula defendeu a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para garantir uma representação geográfica mais condizente com a realidade atual. Ele criticou a forma como o Conselho tem se envolvido em conflitos militares e vendas de armas. Além disso, ele questionou o mecanismo de pagamento da dívida africana ao FMI e propôs alternativas para solucionar esse problema. A visita de Lula a Angola faz parte de sua agenda de compromissos no continente africano.

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