Lula afirmou também que mais países devem compor o conselho e questionou a representação geográfica da África, Ásia e América Latina. O presidente defende que o Brasil, Índia, Alemanha e Japão também devem ter assento no Conselho de Segurança. Ele destacou que há divergências, mas não são do Brasil.
Além disso, Lula mencionou a questão da dívida africana ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, é preciso repensar o mecanismo de pagamento dessa dívida, que atualmente está se tornando impagável para os países africanos. O presidente sugeriu que o dinheiro da dívida seja investido em obras de infraestrutura ao invés de ser pago, já que o orçamento dos países africanos não é suficiente para quitar o débito.
Lula encerra sua visita oficial a Angola e segue para São Tomé e Príncipe, onde participará da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Essa é sua primeira visita ao continente africano desde o início de seu terceiro mandato.
Em resumo, o presidente Lula defendeu a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para garantir uma representação geográfica mais condizente com a realidade atual. Ele criticou a forma como o Conselho tem se envolvido em conflitos militares e vendas de armas. Além disso, ele questionou o mecanismo de pagamento da dívida africana ao FMI e propôs alternativas para solucionar esse problema. A visita de Lula a Angola faz parte de sua agenda de compromissos no continente africano.