Pai de Assange continua mobilizado no Brasil na luta pela libertação do ativista.

O ativista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, ainda aguarda sua liberdade após dois anos de prisão na Inglaterra. Seu pai, John Shipton, está em uma campanha incansável pela libertação de seu filho e está atualmente no Brasil para divulgar o documentário “Ithaka – A Luta de Assange”. O filme retrata o trabalho de Shipton em sua batalha para libertar Assange.

Nesta segunda-feira (28), Shipton concedeu uma entrevista no Cine Petra Belas Artes, às 14h, onde falou sobre o caso de Assange e sua luta pela liberdade. À noite, às 19h30, houve uma sessão de debate e exibição do documentário. No dia 31 de agosto, Shipton estará em Recife.

Antes de chegar ao Brasil, Shipton passou pelo Rio de Janeiro, onde participou de um ato-entrevista na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Ele também visitou Brasília, onde buscou apoio para a causa de seu filho.

Durante sua entrevista na ABI, Shipton destacou que o maior desafio para a libertação de Assange é convencer os Estados Unidos a respeitarem a Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão e de imprensa. Ele também ressaltou a importância do apoio dos jornalistas para que o público compreenda melhor o caso. Shipton afirmou: “Sem esse apoio, todos nós ficamos perdidos em ignorância”.

Assange foi preso em 2019, após passar sete anos asilado na Embaixada do Equador, em Londres. Atualmente, ele está detido em um presídio de segurança máxima e enfrenta acusações de espionagem por parte da Justiça norte-americana. Em 2010, o WikiLeaks, plataforma criada por Assange, divulgou mais de 700 mil documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Se considerado culpado por todos os 18 crimes dos quais é acusado, Assange pode enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão.

Shipton agradeceu ao governo brasileiro pelo apoio oferecido a Assange. Em maio deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, durante uma visita a Londres, que a permanência de Assange na prisão é “uma vergonha”.

A luta de Shipton pelo filho continua, e ele espera que o apoio internacional e a pressão sobre os Estados Unidos resultem em justiça para Assange, permitindo-lhe finalmente recuperar sua liberdade. Enquanto isso, o documentário “Ithaka – A Luta de Assange” continua sendo um veículo fundamental para aumentar a conscientização sobre o caso e mobilizar mais pessoas na busca pela justiça.

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