De acordo com a médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Ana Carolina Sumam, a grande maioria dos casos de foliculite é leve e pode ser tratada com cuidados simples com a pele. No entanto, em casos mais graves e recorrentes, é importante procurar a orientação de um dermatologista, pois a falta de tratamento adequado pode levar à perda permanente dos pelos e ao surgimento de cicatrizes.
A foliculite pode ocorrer em qualquer área do corpo onde existam pelos, mas é mais comum em regiões como a face, couro cabeludo, axilas, coxas, nádegas e virilha. Em casos mais profundos, a inflamação pode levar à formação de furúnculos, que são lesões elevadas com pus amarelado.
Segundo Natasha Crepaldi, professora da residência em dermatologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a presença de dor intensa é um sinal de que a foliculite está mais profunda e pode evoluir para furúnculos. Já nos casos mais superficiais, os pacientes geralmente apresentam apenas as pequenas espinhas caracterizadas pela foliculite.
Existem diversos fatores que podem aumentar as chances de desenvolver foliculite, como depilação, uso de roupas apertadas, lâminas de barbear, acne, dermatite, sobrepeso e doenças que diminuem a imunidade. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para evitar a infecção dos folículos pilosos, como evitar o uso de lâminas, optar por métodos depilatórios menos irritantes, utilizar roupas mais folgadas e manter a pele hidratada com cremes que contenham probióticos.
No caso do barbear, é recomendado trocar a lâmina pelo barbeador elétrico, utilizar água morna, massagear os pelos antes de fazer a barba, passar o barbeador no sentido do crescimento dos pelos e finalizar com um hidratante. Já na depilação, a opção pelo laser é a mais indicada, já que destrói o folículo piloso e diminui as chances de inflamação.
Em casos leves, a foliculite pode desaparecer por conta própria com os cuidados adequados, porém, quando persistente ou recorrente, é recomendado buscar orientação médica de um dermatologista, que poderá indicar um tratamento farmacológico com antibióticos, antifúngicos e pomadas com corticoides.
É importante ressaltar que o texto acima é apenas informativo e não substitui a consulta a um profissional de saúde especializado.
