O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania manifestou solidariedade ao padre Julio Lancellotti, que recebeu ameaças anônimas e tornou o ocorrido público neste último domingo (27). Além disso, a pasta também repudiou as intimidações e afirmou que cobrou providências das autoridades de São Paulo.
Padre Julio Lancellotti é conhecido por seu trabalho de acolhimento da população em situação de rua na capital paulista, fornecendo alimentos, cobertores e roupas básicas. Ele compartilhou no Twitter uma foto do bilhete ameaçador que recebeu, e a postagem já ultrapassou 2,7 milhões de visualizações.
A mensagem de ameaça traz xingamentos direcionados ao padre em seu início e fim. O autor alega que o religioso é “defensor dos direitos dos bandidos” e o chama de “petista”. Além disso, ele acusa o padre de “usar o povo para se favorecer” e finaliza com a frase: “Seu dia de reinado aqui vai acabar, pode esperar”.
Segundo o ministério, o titular da pasta, Silvio Almeida, entrou em contato por telefone com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, logo após retornar de uma viagem à África. O governador informou ao ministro que a polícia rapidamente identificou o autor da ameaça e o encaminhou às autoridades competentes.
O ministério ressaltou que esta não é a primeira vez que o padre Julio Lancellotti é ameaçado devido ao seu trabalho com pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade. A existência dessas ameaças é considerada inadmissível, levando em conta a trajetória e a importância social do religioso, que continua sendo alvo de ações criminosas por parte daqueles que se opõem à luta pela justiça social.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania colocou-se à disposição para adotar todas as medidas necessárias para proteger o padre Julio, reconhecendo-o como um grande defensor dos direitos humanos daqueles que estão em situação de rua. A instituição reforçou seu compromisso com a garantia dos direitos fundamentais e a promoção da igualdade para todos os cidadãos brasileiros.
É fundamental que casos como esses sejam investigados e os responsáveis devidamente punidos, garantindo assim a segurança e a integridade daqueles que dedicam suas vidas a promover o bem-estar de pessoas em situação de vulnerabilidade social. A proteção dos direitos humanos deve ser uma prioridade para o estado brasileiro, assegurando que ameaças e atos criminosos como esse não fiquem impunes.