Esse resultado é extremamente significativo, pois representa a superação da média nacional, que é de 38% de mulheres na magistratura. Em alguns tribunais regionais trabalhistas (TRTs), encontram-se índices ainda mais elevados de representatividade feminina. Por exemplo, no TRT5 da Bahia, o percentual de juízas chegou a 60%, seguido pelo TRT2 de São Paulo, que registrou 58%, e o TRT6 de Pernambuco, com 55%.
Esses números evidenciam o avanço da participação feminina na Justiça do Trabalho e também na Justiça estadual, onde a presença das mulheres também superou a média nacional. No Rio de Janeiro, 48% dos cargos são ocupados por magistradas, enquanto no Rio Grande do Sul esse número alcança 47%, e na Bahia, 44%.
Apesar desses avanços, o CNJ destaca que o Brasil ainda apresenta baixa representatividade feminina no Judiciário. Ao compararmos com países europeus, a discrepância fica ainda mais evidente, já que no Brasil as mulheres juízas correspondem a apenas 38% da magistratura, enquanto na Europa essa proporção chega a 58,5%.
Esse relatório também chamou atenção para a menor participação de mulheres nos altos cargos da magistratura, tanto nos tribunais superiores quanto em todos os segmentos da Justiça. Nos tribunais superiores, por exemplo, apenas 21% dos ministros são mulheres, o que mostra que ainda há muito a ser feito em termos de igualdade de gênero no sistema judiciário brasileiro.
Além disso, a pesquisa revelou outros dados importantes sobre a participação feminina na Justiça. Na Justiça Militar, apenas 21% são mulheres, enquanto na Justiça Federal o percentual sobe para 31% e na Justiça Eleitoral fica em 34%.
Diante desses números e da necessidade de se promover uma maior representatividade feminina no Judiciário brasileiro, é fundamental que sejam adotadas políticas e ações que incentivem a igualdade de oportunidades e o acesso das mulheres aos altos cargos da magistratura. Somente assim poderemos construir uma Justiça verdadeiramente igualitária e democrática.