O lançamento criminoso provocou indignação no Rio Guandu, segundo relato do Inea.

A Estação de Tratamento de Água do Guandu, localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, interrompeu o fornecimento de água devido a uma espuma que se formou na água tratada. De acordo com o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Philipe Campello, a origem dessa espuma foi um lançamento criminoso de uma substância surfactante na água. Além disso, o autor do crime também não comunicou as autoridades sobre o problema.

Para esclarecer o ocorrido, o Inea e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) realizaram uma coletiva de imprensa. Segundo o diretor de saneamento e grande operação da Cedae, Daniel Okumuru, tudo indica que o lançamento da substância foi pontual, o que permite que a água do Rio Guandu volte a ser captada até o fim do dia. No entanto, pode levar até 72 horas para que a distribuição de água volte ao normal em toda a região metropolitana.

A Estação de Tratamento de Água do Guandu é responsável por fornecer 80% da água para a Região Metropolitana do Rio, abastecendo nove municípios. A estação trata 43 mil litros de água por segundo, atendendo a aproximadamente 11 milhões de pessoas.

Técnicos da Cedae identificaram a presença da espuma nos pontos de captação da estação de tratamento por volta das 4h, e a interrupção da captação ocorreu às 5h30. A Cedae garante que a água tratada e enviada à distribuição antes da interrupção passou por todos os controles de qualidade e não apresenta riscos à saúde.

O Inea acionou a Polícia Civil para investigar o caso por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. As autoridades estão verificando se algum dos 72 estabelecimentos industriais e comerciais licenciados para o despejo no Rio Guandu foi responsável por esse lançamento criminoso. Além disso, não descartam a possibilidade de a substância ter sido lançada no rio de outras formas.

Para acelerar o escoamento da água contaminada pelo surfactante, a Cedae abriu as comportas da estação de tratamento. Enquanto a situação não se normaliza, o presidente da companhia, Aguinaldo Ballon, pede que a população evite o desperdício de água.

É importante ressaltar que a fonte dessa informação não foi citada no texto.

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