Quase a metade das juízas do Trabalho são mulheres.

A Justiça do Trabalho atingiu um marco importante em 2022, com um percentual nacional de 49% de mulheres juízas em comparação com 51% de homens juízes. Esses números foram divulgados na pesquisa Justiça em Números, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e divulgada na segunda-feira (28).

A pesquisa revelou que a maioria dos tribunais trabalhistas superou a média nacional de 38% de mulheres e 62% de homens na magistratura. Alguns Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), sediados em diferentes estados, se destacaram ainda mais com a participação feminina próxima dos 60%. O TRT5, localizado na Bahia, registrou um percentual de 60% de juízas, seguido pelo TRT2, em São Paulo, com 58%, e o TRT6, em Pernambuco, com 55%.

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A participação feminina também foi expressiva na Justiça estadual, ultrapassando a média nacional. No estado do Rio de Janeiro, as mulheres representaram 48% dos juízes, enquanto no Rio Grande do Sul o percentual ficou em 47% e na Bahia, em 44%.

Apesar desses avanços, o CNJ ressaltou que o Brasil ainda precisa melhorar sua representatividade feminina no Judiciário. Em comparação com países europeus, a média de juízas no Brasil é de 38%, enquanto na Europa as mulheres já representam 58,5% da magistratura.

O levantamento ainda apontou uma menor participação de mulheres nos altos cargos da magistratura, tanto nos tribunais superiores quanto em outros segmentos da Justiça. Nos tribunais superiores, apenas 21% dos ministros são mulheres.

Outros dados relevantes revelados pela pesquisa incluem uma participação feminina de 21% na Justiça Militar, 31% na Justiça Federal e 34% na Justiça Eleitoral.

Além disso, a pesquisa destacou que o país possui um total de 81,4 milhões de processos em tramitação, o que evidencia a necessidade de uma estrutura jurídica eficiente para atender a demanda da população.

Em resumo, a participação feminina na Justiça do Trabalho e em outros segmentos do Judiciário brasileiro tem apresentado avanços significativos, mas ainda há desafios a serem enfrentados para garantir uma representação equitativa de gênero nas instâncias decisórias.

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