Ex-chefe da PM opta pelo silêncio, enquanto relatora da CPMI expõe detalhes das investigações — Senado Notícias.

No último dia, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) munido de um habeas corpus e surpreendentemente se recusou a falar a verdade. Mesmo com a oportunidade de se defender, Vieira optou pelo silêncio, alegando não ter tido acesso aos autos do caso. No entanto, antes de se calar, ele fez questão de ressaltar que jamais compactuou com os atos ocorridos no dia 8 de janeiro.

Apesar das declarações introdutórias do ex-comandante, a relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), destacou a omissão proposital de Vieira, citando as investigações realizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo Gama, foram encontradas trocas de mensagens do coronel em defesa de um golpe e o recebimento de alertas sobre os ataques que aconteceriam naquela fatídica data.

Essas revelações causaram grande revolta entre os parlamentares da oposição, que questionaram a razão pela qual apenas os oficiais da Polícia Militar foram detidos por omissão, enquanto os responsáveis pela segurança pública governamental ainda permanecem livres. Essa questão levantada pelos opositores promete gerar polêmica e mais debates nos próximos dias.

É importante ressaltar que a presença de Vieira na CPI foi garantida mediante um habeas corpus, o qual lhe assegura o direito de não produzir provas contra si mesmo. No entanto, o silêncio adotado pelo ex-comandante da PM-DF pode ser interpretado como uma estratégia para evitar maiores complicações jurídicas, já que a relatora da CPI e demais parlamentares enxergaram a sua atitude como um ato de omissão deliberado.

A CPI ainda deve investigar a fundo a participação e responsabilidade de outros membros do governo federal na segurança pública durante os eventos do dia 8 de janeiro. Os próximos passos dessa investigação prometem surpreender e incitar ainda mais críticas e polêmicas no cenário político nacional.

Em breve, traremos mais informações sobre o desdobramento dessa CPI. Fiquem ligados.

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