O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, criticou duramente o assédio aos cidadãos japoneses na China e pediu ao governo chinês que adote medidas apropriadas para evitar o agravamento da situação. Ele também pediu a Pequim que forneça informações corretas sobre o despejo de água de Fukushima, em vez de divulgar informações sem bases científicas que aumentem desnecessariamente a preocupação da população.
Em relação ao incidente na embaixada japonesa em Pequim, um porta-voz da embaixada relatou que algumas pessoas compareceram à entrada e realizaram ações agressivas, mas foram retiradas pela polícia. Além disso, os funcionários da embaixada têm recebido ligações de assédio diariamente, com ofensas e linguagem racista.
Em resposta às acusações do Japão, o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que a China protege a segurança dos estrangeiros no país de acordo com a lei, minimizando as preocupações japonesas.
Cabe ressaltar que o despejo de água de resfriamento diluída de Fukushima no Oceano Pacífico foi iniciado pelo Japão após 12 anos do acidente nuclear causado pelo tsunami. A operadora japonesa TEPCO garantiu que todos os elementos radioativos foram filtrados, com exceção do trítio, que está em níveis seguros e abaixo dos despejados por usinas nucleares em suas operações normais.
As autoridades japonesas afirmam que as análises realizadas com amostras de água do mar e peixes próximos à usina confirmam os níveis seguros. No entanto, o governo chinês manifestou indignação com a decisão unilateral do Japão de despejar a água contaminada de Fukushima, causando preocupação entre a população de outros países.
Diante desse contexto, o governo japonês pediu aos seus cidadãos na China que tenham cautela e evitem falar japonês de maneira desnecessária ou em voz alta. Além disso, estabelecimentos comerciais japoneses têm recebido ligações com ofensas e linguagem racista, evidenciando a tensão nas relações entre o Japão e a China.