Na próxima semana, o valor do diesel aumentará em decorrência do aumento de impostos, sendo prevista uma alta de 1,7% no preço final.

O preço do diesel terá mais um aumento na próxima semana devido à reoneração do PIS/Cofins. Atualmente, esse valor está zerado, mas passará a ser de R$ 0,11 por litro. A decisão final sobre a data em que a nova alíquota entrará em vigor será tomada em uma reunião entre as distribuidoras, a Petrobras e a Acelem ainda nesta terça-feira.

A expectativa é que esse aumento no PIS/Cofins resulte em um acréscimo de 1,7% no valor do diesel nas bombas. Esse aumento ocorrerá em um momento de alta nos preços, com o diesel registrando aumento por quatro semanas consecutivas nos postos, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na semana passada, o preço médio do litro subiu 10%, de R$ 5,38 para R$ 5,93.

A reunião de hoje entre as empresas do setor é importante para definir a data em que o aumento da alíquota entrará em vigor. Apesar da MP 1175 ter estabelecido uma isenção de 91 dias após a publicação no Diário Oficial, a Constituição prevê um prazo de 90 dias. Dietmar Schupp, consultor de preços de combustíveis, destaca que a definição da data deve ocorrer em conjunto com as refinarias, responsáveis pela emissão da nota fiscal do diesel para as distribuidoras.

É importante ressaltar que esse aumento no imposto será seguido por outros reajustes nos próximos meses. Em outubro, haverá um acréscimo de mais R$ 0,02 no PS/Cofins, e em janeiro esse valor voltará a ser integral, com R$ 0,35 por litro do diesel, informa Schupp. Além disso, o aumento dos preços feito pela Petrobras nas refinarias em agosto também contribui para a elevação do valor do diesel.

Outro fator que influencia no aumento dos preços é o valor do petróleo no mercado internacional, que segue em alta. Nesta terça-feira, a commodity registrou 0,52% de avanço, chegando a US$ 84,86. Com isso, mesmo com a alta feita pela Petrobras no mês passado, os preços praticados pela estatal ainda estão abaixo da cotação internacional. Segundo a Abicom, a Petrobras vende o diesel com um preço 12% abaixo da cotação internacional e a defasagem da gasolina é de 9%.

Desde maio, a Petrobras adotou uma nova política de preços, considerando os custos internos de produção, os preços dos concorrentes dentro do país e a origem dos combustíveis. Essa política trouxe mudanças em relação à política anterior, que se baseava nas variações do petróleo e do dólar para definir os reajustes nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.

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