A Coreia do Norte realiza exercícios de disparo de mísseis simulando ataques nucleares táticos no Mar do Japão.

A Coreia do Norte confirmou nesta quarta-feira (quinta-feira no horário local) que disparou dois mísseis balísticos de curto alcance em uma “simulação de ataque nuclear tático” em resposta às manobras dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. De acordo com a agência estatal norte-coreana KCNA, os militares norte-coreanos afirmaram que o teste tinha o objetivo de enviar uma mensagem clara aos inimigos.

Os mísseis foram disparados pouco antes da meia-noite de quarta na direção do Mar do Japão, segundo os militares sul-coreanos. Em resposta aos testes, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul declarou que reforçará o controle e a vigilância contra novas provocações e que o Exército sul-coreano está em plena disponibilidade, em estreita colaboração com os Estados Unidos.

Após o anúncio dos disparos, o porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, se recusou a fazer comentários aos jornalistas.

Essa intensificação da tensão na Península Coreana ocorre em meio aos exercícios militares realizados pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul, que incluem um bombardeiro estratégico americano B-1B e um exercício naval de defesa antimísseis realizado pelos EUA, Coreia do Sul e Japão.

A Coreia do Norte tem se mostrado cada vez mais preocupada com a cooperação entre esses três países na área da defesa e alertou que as manobras podem levar a uma “guerra termonuclear”. Além disso, o país declarou que seu status de potência nuclear é “irreversível” e tem intensificado seus exercícios militares para se preparar para uma “guerra real”.

O líder norte-coreano também defendeu recentemente o aumento da produção nuclear com fins militares, afirmando que a Coreia do Norte está pronta para usar armas nucleares “a qualquer momento e em qualquer lugar”.

A tensão entre as duas Coreias atingiu um dos pontos mais altos dos últimos anos, e as perspectivas de negociação sobre desarmamento parecem distantes. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com apreensão a escalada dos conflitos na região.

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