A mudança climática pode intensificar conflitos e aumentar o número de mortes, alerta o FMI.

A mudança climática é um fenômeno que provoca consequências em diversas áreas, incluindo os conflitos em países com contextos políticos mais frágeis. De acordo com um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (30), a mudança climática não é considerada como um fator diretamente responsável por iniciar guerras, mas é responsável por agravar conflitos e criar dificuldades adicionais, como a fome, a pobreza e o deslocamento populacional.

Segundo o relatório, é previsto que até 2060 o número de mortes relacionadas a conflitos aumente 8,5% nos Estados classificados como “fragilidade, conflito e violência” (FCV) e até 14% nos países que enfrentam um aumento extremo das temperaturas. Essas estatísticas são alarmantes, especialmente levando em consideração que existem 39 países, habitados por quase 1 bilhão de pessoas e onde vivem 43% dos mais pobres do mundo, que são classificados como FCV pelo Banco Mundial. A maior parte desses países está localizada na África e é impactada de maneira desproporcional pela mudança climática.

O relatório também destaca que mais de 50 milhões de pessoas nesses países podem enfrentar fome até 2060 devido à diminuição na produção de alimentos combinada com o aumento dos preços. Além disso, as perdas econômicas causadas pelas crises climáticas são mais graves e persistentes nos países frágeis do que em outros Estados.

Diante dessas preocupantes projeções, o FMI pede aos líderes que proponham soluções para as nações mais vulneráveis. A instituição ressalta que a cada ano, três vezes mais pessoas são afetadas por desastres naturais em Estados frágeis em comparação a outros países, e que esses desastres deslocam mais do que o dobro da população.

A instituição também destaca que o calor extremo e os eventos meteorológicos extremos mais frequentes afetarão a saúde humana e prejudicarão a produtividade e o emprego em setores-chave, como agricultura e construção.

Diante desse panorama, é imprescindível que medidas sejam tomadas para mitigar os efeitos da mudança climática e proteger os países mais vulneráveis. É necessário investir em estratégias de adaptação e resiliência, além de promover ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global.

Os líderes mundiais devem se unir e assumir a responsabilidade de lidar com essa crise climática, garantindo políticas e iniciativas que busquem a sustentabilidade e a preservação do nosso planeta. O futuro das nações mais vulneráveis está em jogo, e é nosso dever agir agora para evitar um cenário ainda mais trágico.

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